Espaço para interação e discussão com os alunos da disciplina de economia introdutória (ECO034) oferecida pela Faculdade de Economia da Universidade Federal de Juiz de Fora, sob orientação do Prof. Ângelo Cardoso Pereira.
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
A breakdown of trust
Brazil’s economy
A breakdown of trust
If she wants a second term, Dilma Rousseff should get a new economic team
Dec 8th 2012 | from the print edition
JUST two years ago, when Dilma Rousseff was elected Brazil’s president, the country’s economy was booming. It then ground to a halt and is now struggling to recover. Despite increasingly frantic official efforts at stimulation, the moribund creature grew by only 0.6% in the third quarter—half the number forecast by Guido Mantega, the finance minister. Most market analysts now expect GDP growth to be less than 1.5% this year and not much more than 3% next year. So much for the notion that the B in the BRICs is a speedy economy.
The motors of growth that powered Brazil in the past decade are sputtering. Prices of commodity exports, though still high, are no longer rising. Consumers are using more of their income to pay off the loans with which they had bought cars and televisions. Low unemployment means there are fewer idle hands to be put to work. Instead of relying on consumption, growth now has to come from higher productivity and investment. That means hacking away at the “Brazil cost”: the combination of red tape, heavy taxes, expensive credit, creaking infrastructure and an overvalued currency that makes it a punishingly expensive country to do business in.
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Ms Rousseff has recognised the need to improve competitiveness. Her economic team says its aim is to prompt a supply-side, investment-led recovery. In the past 15 months the Central Bank has slashed interest rates by 5.25 percentage points, to 7.25% (only two points above inflation). That has helped to weaken the currency and help manufacturers. The government has cut payroll taxes for industry (but not most services). It is also slashing electricity tariffs and inviting private operators to upgrade airports, roads and railways.
Despite all this, investment has fallen in each of the past five quarters. It now amounts to just 18.7% of GDP, against 30% in Peru in 2011 and 27% in Chile and Colombia—Latin America’s new high-growth economies.
Business is cautious because the government meddles too much. A prime example is its apparent desire to drive down the return on investment by diktat, not just for banks but also for electricity companies and other infrastructure-providers. Even more than her predecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, Ms Rousseff seems to believe that the state should direct private investment decisions. Such micro-meddling undermines trust in macroeconomic policy as well.
Stop meddling and let animal spirits roar
The Central Bank may be tempted to react to the latest figures with another interest-rate cut. That would be a mistake. Instead the government should redouble efforts to cut the Brazil cost—by, for instance, tackling labour laws—and thus letting the private sector’s animal spirits roar. The worry is that the president herself is meddler-in-chief. But she insists she is pragmatic. If so, she should fire Mr Mantega, whose over-optimistic forecasts have lost investors’ confidence, and appoint a new team capable of regaining the trust of business.
Ms Rousseff’s hope seems to be that full employment and rising real wages will be enough to secure her a second term in 2014. But these depend on renewed growth. Lula won a second term because his policies lifted millions of Brazilians out of poverty. The electorate similarly rewarded Fernando Henrique Cardoso, Lula’s predecessor, because he slew inflation. And Ms Rousseff? Voters may judge that in trying to juggle so many economic balls, she dropped most of them.
from the print edition | Leaders
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Razão e relinchos
07/12/2012 - 03h01
Razão e relinchos
DE SÃO PAULO
Existe um livro de Schopenhauer chamado "Como Vencer um Debate sem Precisar Ter Razão" (ed. Topbooks). Um dos riscos de escrever uma coluna de jornal hoje, ou de opinar em qualquer instância pública, é o oposto: ser ignorado, quando não perseguido e açoitado num pelourinho de grunhidos, relinchos e cacarejos, a despeito da mais cuidadosa argumentação.
Convencer alguém a mudar de ideia não é algo comum em nosso tempo. Basta uma semana nas redes sociais para perceber: militantes pró e contra aborto, descriminação da maconha, eutanásia, cotas, cabras e sobrenomes Guarani-Kaiowá, a maioria está ali para confirmar certezas prévias ou se irritar com quem diz o contrário.
Uma radicalização que também nasce do meio: para que os palpites sejam ouvidos entre tantas vozes, a tendência é que o adjetivo prevaleça sobre o termo exato, a ênfase sobre a ponderação, as regras generalizantes sobre as nuances que tiram a graça e o colorido das frases e slogans.
Num cenário assim, não é difícil adotar um tom nostálgico ou apocalíptico. Talvez se possa lamentar o fim de uma suposta era de ouro dos debates elevados.
Prefiro seguir achando que a humanidade não mudou tanto: apenas passamos a ouvir, graças a uma tecnologia muito mais benéfica que perniciosa, que criou possibilidades infinitas de compartilhamento de informação, as conversas antes restritas a botecos. É um choque descobrir que amigos são tão ignorantes, levianos ou idiotas, claro, mas até isso tem seu lado positivo.
De certa forma, estamos diante de um problema das democracias maduras, que já superaram -ou deviam ter superado- questões graves referentes à liberdade de discurso. Ou seja, não estou falando da lei, que proíbe censura, calúnia, injúria e difamação. Nem da ética, que repele a desonestidade intelectual sem que seu autor precise ir para a cadeia. Estou falando é de etiqueta, a "pequena ética" que em sua face menos elitista propõe tolerar os modos alheios -um caminho para, quem sabe, prestar atenção ao que eles representam.
Isso porque linguagem e tom -que são maneiras de segurar os talheres num debate- nem sempre arruínam as ideias por terem aparência tosca. Dá um pouco de cansaço, por exemplo, quando bikers defendem suas propostas para o trânsito com tamanha agressividade. Ou quando a pecha de "fascista", misturada à teoria política da salmonela, aparece na discussão sobre bisnagas de plástico proibidas em feiras e lanchonetes. Ainda assim, tudo a favor de ciclovias e meios alternativos de transporte, e abaixo aqueles saquinhos tristes de ketchup e mostarda.
Num ensaio de 2005, um nome insuspeito quando o tema é a consequência das palavras -Salman Rushdie, que passou anos escondido por causa de um livro considerado blasfemo pelo Irã- escreveu: "Na Universidade de Cambridge, me ensinaram (...) que não se deve ser grosseiro com a pessoa com quem se discute, mas se pode ser extremamente grosseiro em relação a tudo que ela pensa". Parece uma citação descabida num texto sobre etiqueta. Na verdade, é a lembrança de uma regra ideal em debates: deveria importar o que é dito, e não quem diz. É o que impede um interlocutor de ser desqualificado por gênero, crença, classe ou etnia.
Forçando um pouco a boa-fé, por que não abstrair também o partido em que o interlocutor vota, a empresa jornalística onde trabalha, os amigos que tem? Ou suas deficiências retóricas, sua ingenuidade, sua queda pelo vitimismo, pelo sentimentalismo, pelo insulto? A distinção total entre texto e autor é utópica, e o conteúdo de uma ideia pode ser indistinguível de sua forma, e às vezes tudo se resume mesmo a interesse ou tolice, mas o esforço para enxergar um pouco além disso é sempre virtuoso. Pensar com liberdade, o melhor atalho para identificar o lado certo numa disputa, passa por ouvir e aprender com vozes dissonantes. Mesmo que o timbre delas seja mais frequente em zoológicos, penitenciárias e hospícios.
Michel Laub é escritor e jornalista. Publicou cinco romances, entre eles "Diário da Queda" (Companhia das Letras, 2011). Escreve a cada duas semanas, sempre às sextas-feiras, na versão impressa da "Ilustrada"
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