terça-feira, 22 de maio de 2018

Afinal, o WhatsApp ganha dinheiro?

O WhatsApp foi criado com base nos princípios "Sem anúncios! Sem jogos! Sem truques!", e tal frase norteava a estratégia de negócios da empresa até o momento. Entretanto, com o anúncio da saída de um dos fundadores da empresa, Jan Koum, esses princípios podem ser deixados de lado, o que sinalizaria novos rumos para a empresa comprada pelo Facebook em 2014. 
A divergência interna em um dos aplicativos mais usados do mundo se dá em meio a uma pressão crescente de investidores para que Mark Zuckerberg, presidente do Facebook, prove que estava certo ao pagar US$ 22 bilhões para comprá-lo. 
Uma das razões pelas quais, mesmo sendo tão popular, o WhatsApp opera no vermelho é o fato de ser totalmente gratuito. O aplicativo já foi pago no passado, mas em 2016 a empresa deu fim a qualquer tipo de cobrança, por acreditar que isso impedia o aumento do número de usuários. "Receita não era uma preocupação de Zuckerberg, senão ele não teria comprado uma empresa que havia dado um prejuízo de US$ 130 milhões no ano anterior. Ele disse que esperaria o primeiro bilhão de usuários para pensar em como tornar o aplicativo rentável." 
Apesar de ainda não gerar renda, o WhatsApp gera benefícios para o Facebook. "O WhatsApp torna o Facebook mais valioso, porque empresas assim são avaliadas pela base de usuários e a frequência de uso, que, no caso do WhatsApp, só crescem", explica Tripoli. Além disso, o aplicativo também ajuda a tornar o sistema de propaganda da rede social mais eficiente, pois informa há quanto tempo uma pessoa usa o aplicativo de mensagens, com que frequência faz isso, qual é a versão do programa que está instalada no celular e ainda fornece o número de celular, o país em que o usuário está e o tipo de telefone e sistema operacional usados.
Enquanto não possui nenhuma forma de ganhar dinheiro, o aplicativo de mensagens testa outras saídas. Em janeiro, lançou o WhatsApp Business, voltado para pequenas e médias empresas. Essa versão do programa é gratuita e oferece algumas vantagens, mas o diretor de operações do aplicativo afirma que está nos planos "cobrar de empresas no futuro". 
O WhatsApp também testa um sistema de pagamentos na Índia, onde tem 200 milhões de usuários, que permite às pessoas enviar e receber dinheiro por meio do programa. O aplicativo de mensagens WeChat já oferece esse serviço na China. 
Uma estimativa feita pela consultoria Trefis Team, publicada pela revista Forbes em novembro, estima que o WhatsApp pode vir a ter uma receita de US$ 5,2 bilhões a US$ 15,6 bilhões se adotar as estratégias usadas por outros aplicativos de mensagens. 
Concorrentes como Line e WeChat faturam a partir de um mix de publicidade, jogos, serviços de pagamentos e compras feitas por meio do programa. Isso iria contra os valores da empresa, mas eles podem estar ficando no passado, junto com seus fundadores, avalia Guissoni: "Não vai ter outra alternativa, vão ter que abrir mão de alguma coisa".


Tela do Google com pesquisa sobre o WhastApp


Para ler mais sobre o assunto, acesse: Como o WhatsApp ganha dinheiro?

sexta-feira, 18 de maio de 2018

PIB X PNB

        Como visto em sala de aula na disciplina ECO034 (Economia) da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), o PIB (Produto Interno Bruto) é um dos principais indicadores econômicos de uma região (geralmente um país) e é dado por:

    PIB = C + I + G + (X - M), com

C: Consumo Familiar;
I: Investimento Privado, ou seja, gastos das empresas;
G: Gasto Governamental; e
(X - M): Balança Comercial, que é o resultado das exportações menos o valor das importações.
     
        Porém, existe um outro indicador financeiro de grande importância, principalmente para os países mais desenvolvidos: o PNB (Produto Nacional Bruto). Este consiste em tudo aquilo que é produzido em determinado território (renda devido à produção) em um período de tempo decrescido da Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLEE), ou seja 

PNB = PIB - RLEE.

        A RLEE consiste na diferença entre toda a renda que é enviada ao exterior por empresas estrangeiras com filiais instaladas em território nacional e toda a renda que é recebida do exterior pela matriz de empresas nacionais que possuem filiais instaladas no exterior, ou seja,

RLEE = REE - RRE, com

REE: Renda Enviada ao Exterior; e
RRE: Renda Recebida do Exterior.

        Mais informações podem ser obtidas lendo-se a matéria "Qual a diferença entre PIB e PNB?" .




        

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Inúteis: a nova classe de pessoas

        Já pensou se encontrar numa situação em que aquilo que você sabe fazer é agora feito por robôs e você não consegue se reinventar e se qualificar para as funções demandadas por um mundo cada vez mais automatizado? Então, isso é o que ocorrerá com uma boa parcela da sociedade até 2050, segundo Yuval Noah Harari, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém e autor do livro 'Sapiens - Uma Breve História da Humanidade'.
        Segundo Yuval, com o avanço da inteligência artificial, muitos profissionais não apenas ficarão desempregados, como também não serão mais empregáveis. Com isso, uma nova classe de pessoas se formará, a qual ele chama de 'inúteis' (então, a música do Ultraje a Rigor fará ainda mais sentido, concorda?) em seu artigo publicado no The Guardian, intitulado 'O Significado da Vida em um Mundo sem Trabalho'. O interessante é a capacidade do autor em explicar como essa parcela da sociedade se manterá satisfeita e ocupada, nos mostrando o quanto uma grande parte da sociedade atual já vive em estado muito parecido com o que essa parcela viverá.
        Ele explica que as pessoas se entreterão através de jogos de realidade virtual em 3D, jogos esses que ele compara com as religiões: "Se você reza todo dia, ganha pontos. Se você se esquece de rezar, perde pontos (...)". Porém, uma comparação ainda mais ampla que ele faz com tais jogos é com o consumismo. Na sociedade atual, se você compra carros novos, roupas de grife, viaja para o exterior nas férias, você está somando pontos e, assim, 'ganhando' de várias pessoas da sociedade.
        O professor finaliza seu raciocínio dizendo que o sentido da vida sempre foi uma história ficcional criada por humanos, e que o fim do trabalho não significará necessariamente o fim do mesmo, sendo que ele será encontrado no mundo pós-trabalho na realidade virtual criada por computadores ou por religiões e ideologias: "Você realmente quer viver em um mundo no qual bilhões de pessoas estão imersas em fantasias, perseguindo metas de faz de conta e obedecendo a leis imaginárias? Goste disso ou não, esse já é o mundo que vivemos há centenas de anos.".
        A matéria na íntegra pode ser acessada pelo link a seguir

        "Uma nova classe de pessoas deve surgir até 2050: a dos inúteis"


sábado, 5 de maio de 2018

Juros argentinos sobem para 40%, a maior taxa nominal do mundo

Em uma tentativa de conter a escalada do dólar diante de uma saída de capitais que desvalorizou a moeda argentina em 8% em uma semana, o Banco Central argentino aumentou a taxa básica de juros de 27,5% para 40% – a maior taxa nominal do mundo. Ao todo, foram três anúncios de alta dos juros em um intervalo de oito dias (do dia 27 de abril ao dia 4 de maio). 

O BC argentino vinha perdendo credibilidade desde o fim de dezembro, quando a equipe econômica de Macri anunciou que deixaria de perseguir uma inflação ao redor de 10% e passaria a ter 15% como meta, em uma tentativa de aumentar o ritmo de crescimento da economia. Apesar de o mercado já não acreditar que esses números seriam atingidos – a inflação em 2017 ficou em 24,8% e as projeções para 2018 são de mais de 20% –, a interpretação foi de que o controle da inflação havia deixado de ser prioridade. 

Também contribuíram para o caos desta semana a avaliação de que os déficits das contas públicas e das contas externas continuam altos e a criação de um novo imposto sobre ganhos financeiros de investidores estrangeiros. De acordo com o economista Martín Redrado, ex-presidente do Banco Central, esse cenário doméstico foi responsável por 60% da crise. Os outros 40% decorreram da valorização do dólar em relação a moedas de países emergentes. 

A medida conseguiu acalmar o mercado, mas economistas falam em possibilidade de novas altas. 

A matéria completa pode ser acessada no link a seguir:


terça-feira, 1 de maio de 2018

5 das empresas mais valiosas da América Latina são brasileiras

        Apesar da presença majoritária de empresas brasileiras no top 10, em termos de valorização, o índice é dominado pelo México, que pela quinta vez consecutiva é o país que tem empresas respondendo por 35% do ranking total. Enquanto isso, as marcas brasileiras estão respondendo por 34%. O índice deste ano reflete um aumento de 18% na valorização das marcas da região, sendo deu valor global é de US$ 130,8 bilhões.

1. Corona (empresa mexicana): É a cerveja importada mais consumida em 50 dos 120 países em que é comercializada. Seu valor é de US$ 8,292 bilhões.

2. Skol (empresa brasileira): Em 2016 e 2017, a cerveja Skol, que pertence à AB InBev, foi a marca mais valiosa da América Latina. Seu atual valor é de US$ 8,263 bilhões.

3. Bradesco (empresa brasileira): Aumentou seu valor em termos percentuais em 58% no último ano, sendo seu valor atualmente de US$ 7,018 bilhões.

4. Itaú (empresa brasileira)

5. Telcel (empresa mexicana)

6. Falabella (empresa chilena)

7. Cerveja Brahma (empresa brasileira)

8. TV Globo (empresa brasileira)

9. Águila (empresa colombiana)

10. Bodega Aurrerá (empresa mexicana)
   

     Para saber mais, a reportagem completa pode ser lida em:
As 10 marcas mais valiosas da América Latina (5 são brasileiras)