terça-feira, 27 de novembro de 2018

A 'caixa-preta' do BNDES



                "Se o povo brasileiro acha que o Petrolão foi o maior escândalo de todos os tempos do país, esperem até ver o que fizeram no BNDES", dizia uma imagem que viralizou no WhatsApp dias antes do segundo turno das eleições presidenciais. A imagem vinha acompanhada de diversas outras que mostravam supostas obras financiadas pelo banco no exterior - algumas com a frase "ah, se fosse no Nordeste", com o símbolo $ no lugar do "s". Em postagem no Twitter em 8 de novembro, Bolsonaro assumiu o compromisso de "abrir a caixa-preta do BNDES" logo no início do governo, e "revelar ao povo brasileiro o que feito com seu dinheiro nos últimos anos".
                A resposta simples é que o banco, de fato, mantinha muitos dados em segredo e se recusava a fornecer informações. Mas isso mudou a partir de 2015, após grande pressão da imprensa e de órgãos de controle. Desde então, o BNDES divulga detalhes sobre seus empréstimos - não só os atuais, mas também os passados, englobando as operações feitas durante os governos do PT.
                "O BNDES está sendo muito sincero e transparente sobre o que está acontecendo no banco. Por incrível que pareça, o BNDES está hoje até mais avançado que outros bancos internacionais", explica Sérgio Lazzarini, economista do Insper, que estuda a relação entre os setores público e privado e analisa dados do banco há mais de uma década.
                O Tribunal de Contas da União (TCU), órgão federal que fiscaliza as contas públicas, diz que passou a receber do banco "todas as informações que lhe foram requisitadas" - diferentemente do que ocorria antes de 2015, quando "diversas informações e documentos solicitados pelo tribunal eram negadas pelo BNDES". TCU e BNDES lançam neste mês, inclusive, uma nova plataforma de dados, mostrando o fluxo de desembolsos de cada empréstimo ao longo do tempo.
                Assim, a maior parte das informações que os críticos pleiteiam já está disponível online. Por outro lado, há quem queira mais detalhes, como informações sobre a análise de risco sobre os tomadores de empréstimo. No entanto, o BNDES alega que esses dados são protegidos por sigilo fiscal e bancário e que sua divulgação traria consequências para o mercado de capitais. Em outras palavras, ao ter sua classificação de risco divulgada, as empresas podem ter seus negócios impactados. A decisão sobre divulgar ou não esses dados está sendo analisada pela Justiça.



Para ler mais sobre o assunto, acesse: Existe uma 'caixa-preta' do BNDES, como diz Bolsonaro?

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Demanda fraca do petróleo causa queda em seu preço

        "Quando o mercado acionário cai 8 ou 9%, isso tende a evocar imagens de uma economia global fraca e isso alimenta as expectativas de uma demanda de petróleo mais fraca do que o esperado." - Jim Ritterbusch, dono da Ritterbusch and Associates.
        Isso mostra o efeito da demanda sobre o preço dos produtos, comprovando a teoria explicada em sala de aula sobre Oferta x Demanda. A medida que se observa uma diminuição na demanda por um produto, verifica-se também, normalmente, a queda do preço do mesmo. No caso apresentado, isso não é diferente. Com rumores de uma demanda baixa por petróleo, percebeu-se uma queda de 6% no preço do mesmo nessa terça-feira (20).
        Os preços do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) encerraram a sessão em queda de US$3,77, ou 6,6%, a US$53,43 por barril. O contrato chegou a cair 7,7% durante a sessão, e tocou US$52,77 o barril, a menor cotação desde outubro de 2017.
        Mais informações podem ser obtidas acessando-se o link a seguir

        Preços do petróleo caem 6%, com preocupações sobre demanda




quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Paulo Guedes afirma que renegociar dívida pública está 'fora de questão'


     Indicado para o cargo de ministro da Economia do futuro governo Jair Bolsonaro, o economista Paulo Guedes afirmou na terça-feira, dia 6, que está "fora de questão" a nova gestão renegociar a dívida pública. Bolsonaro disse, em entrevista à Band, na segunda-feira, que a dívida interna não é "impagável", mas precisa ser renegociada. Na entrevista, o presidente eleito falou que, "um bom ministro da Economia" poderia conduzir essas renegociações de forma bastante responsável. 
     O futuro ministro da Economia ressaltou que houve um mal-entendido por parte de Bolsonaro. Segundo Paulo Guedes, "não se pensa nisso", ainda que exista uma preocupação do novo governo com a dívida pública. "Durante a campanha, falei que tinha uma despesa de juros demasiada, de US$ 100 bilhões por ano. [...] Falei tantas vezes que o presidente pode ter entendido que íamos renegociar a dívida, mas isso está fora de questão", declarou a jornalistas.
     O futuro ministro da Fazenda também declarou que o novo governo vai sondar a atual legislatura do Congresso Nacional para ver se é possível aprovar o texto da reforma da Previdência apresentado pelo presidente Michel Temer. "Vamos sondar a classe política para ver se conseguimos aprovar isso [atual versão da reforma]. Do ponto de vista econômico, é extraordinário. É um bom fecho para o governo anterior, você desentope o horizonte de dúvidas e o Brasil já entra crescendo no ano que vem", declarou Guedes.
     Caso não seja possível aprovar a atual versão da reforma da Previdência, o futuro comandante da economia afirmou que o próximo governo apresentará uma proposta diferente. Guedes defendeu a implantação de um regime de capitalização, no qual o cidadão deve poupar para garantir sua própria aposentadoria. No modelo atual, de repartição, os trabalhadores atuais pagam os benefícios dos aposentados.

O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes — Foto: Sergio Moraes/Reuters


     Para ler mais sobre o assunto, acesse: Futuro ministro da Economia, Paulo Guedes diz que está 'fora de questão' renegociar dívida pública

sábado, 3 de novembro de 2018

Entenda o que é o PIB e o PNB

        O crescimento de um país é algo que interessa a todos os cidadãos do mesmo, o que, em parte, significa maior produção da Indústria e da Agropecuária e maior atividade nos Serviços. Com isso, há uma tendência a se observar um declínio da taxa de desemprego e um aumento na confiança de empresários estrangeiros que cogitam investir no Brasil. Portanto, é de muito interesse se ter uma forma de medir o crescimento de um país, e, para isso, existe o PIB (Produto Interno Bruto) e o PNB (Produto Nacional Bruto).
        Apesar de esses dois índices possuírem o objetivo de medir o crescimento de determinado território em um intervalo de tempo (geralmente utilizado para medir o crescimento de um país em um ano ou trimestre), os dois diferem entre si por um considerar um fator e o outro desconsiderá-lo (PIB e PNB, respectivamente). Esse fator é a RLEE (Renda Líquida Enviada ao Exterior), que é a medida de tudo aquilo que empresas e pessoas naturais de outros países que não sejam aqueles onde o crescimento está sendo medido, produzem. Sendo assim, um país que possua muitas empresas multinacionais em seu território (como é o caso do Brasil) tende a utilizar o PIB como medidor de crescimento, já que a renda que a sede dessas empresas no exterior recebe será computada no cálculo, aumentando o seu valor. Por outro lado, países que possuem muitas empresas nacionais com filiais no exterior tendem a utilizar o PNB como indicador de crescimento, já que o somatório de renda enviado por estrangeiros para fora do país não será de grandeza muito impactante.
        É importante esclarecer que a RLEE trata-se da subtração da Renda Bruta Enviada ao Exterior pela Renda Bruta Recebida do Exterior, podendo ela, portanto, ser de sinal negativo, como seria no caso de países com muitas empresas sediadas em seu território com filias no exterior.
        Para mais informações sobre PIB e PNB, acesse o link da matéria a seguir:

        Entenda o que é o PIB e como ele é calculado


quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Ambev registra queda nas vendas de cerveja


                A Ambev teve lucro líquido ajustado de R$ 2,892 bilhões no terceiro trimestre, com queda de 10,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita líquida atingiu R$ 11 bilhões no trimestre, crescimento de 5,8% em relação ao mesmo período de 2017. O volume de cerveja vendido no 3º trimestre, entretanto, caiu 2,4% na comparação com o 3º trimestre de 2017.
                Segundo a Ambev, a receita líquida subiu em todas as suas operações: Brasil (2,1%), América Central e Caribe (16,5%), América Latina Sul (13,9%) e Canadá (0,4%). A companhia destacou, entretanto, que as vendas foram impactadas por volumes fracos na Argentina, que passou a ser considerada uma economia altamente inflacionária.
                No Brasil, a queda das vendas foi ainda maior, de 3,1%, ficando "abaixo do mercado de cerveja, o qual contraiu aproximadamente 2,5%, de acordo com nossas estimativas", disse a Ambev, acrescentando que o aumento dos preços pesou no volume vendido.
                A queda do volume comercializado pela Ambev tem sido compensada pelo crescimento das cervejas premium e mais caras da Ambev. Segundo o balanço, as marcas Budweiser, Stella Artois e Corona tiveram um crescimento conjunto de volume de mais de 40% no terceiro trimestre no Brasil e continuaram em alta a nível mundial, com avanço de 7,7%.


Imagem das três marcas globais da empresa.


                Para ler mais sobre o assunto, acesse a notícia na íntegra: Ambev registra lucro de R$ 2,9 bilhões no 3º trimestre com queda nas vendas de cerveja


quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Brasil 'perdeu' 36 mil milionários esse ano

        Segundo relatório do banco suíço Credit Suisse, o número de brasileiros com mais de US$1 milhão recuou 19% em 2018 na comparação com 2017, caindo de 190 mil para 154 mil felizardos. No entanto, esse recuo se deve em boa parte pela desvalorização do Real frente ao Dólar (12,5% de desvalorização desde outubro de 2017), visto que a moeda de medição do banco é o Dólar americano (US$).  
        O relatório aponta ainda que o Brasil tem cerca de 3 milhões de pessoas entre os 10% mais ricos do mundo, e 184 mil pessoas entre os 1% mais ricos do globo. Porém, ainda assim, o Brasil possui uma parcela maior de sua população com menos de US$10 mil do que a média observada no mundo como um todo (74% no Brasil contra 64% na média global), resultado do alto nível de desigualdade do país segundo o banco criador do relatório. O banco estima que o 1% mais rico entre os brasileiros detenham 43% da riqueza das famílias do Brasil.
        Entre os países analisados, o Brasil foi o que mais perdeu riqueza de 2017 para 2018 (US$380 bilhões), seguido pela Turquia e Argentina (ambos com uma perda de US$130 bilhões). No entanto, essa perda também foi, principalmente, influenciada pela desvalorização cambial do Real frente ao Dólar.
        Bom. Essa matéria com certeza desperta uma reflexão por parte do leitor sobre a eficácia das medidas cambiais tomadas pelo Governo no último ano e sobre a proporcionalidade da distribuição de renda no país. Fica a dúvida: será que não tem algo errado nas decisões governamentais para que o Brasil tenha sido o país que mais perdeu riqueza de 2017 para cá? E será que não seria melhor se o 1% das pessoas mais ricas do Brasil soltasse mais esse dinheiro através de investimentos em diversas áreas? Enquanto isso não acontece, nos basta amargar tais números negativos.
        A notícia na íntegra pode ser acessada pelo link a seguir: Brasil 'perdeu' 36 mil milionários em 2018, diz relatório.

  

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Inflação de agosto foi a menor para o mês em duas décadas


A inflação no Brasil foi de -0,09% em agosto, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O número veio abaixo da previsão do mercado financeiro que era de inflação zero no mês, segundo o último Boletim Focus do Banco Central. Foi a menor taxa para agosto desde 1998, quando registrou -0,51%.
O acumulado da inflação nos últimos 12 meses está em 4,19%, ainda abaixo da meta de inflação para o ano que é de 4,5% com tolerância de dois pontos percentuais para baixo (2,5%) ou para cima (6,5%). Já o acumulado no ano de 2018 até agora é de 2,85%, acima do 1,62% no mesmo período de 2017.
Houve deflação pelo segundo mês consecutivo no grupo de Alimentação e Bebidas, de longe aquele com maior peso no índice. Os preços também caíram no grupo de Transportes, em contrapartida, o maior impacto individual negativo do mês veio das passagens aéreas. Os combustíveis caíram -1,86% em média, incluindo queda de 4,69% no etanol e de 1,45% na gasolina. O maior impacto individual positivo do mês foi a energia elétrica.



terça-feira, 2 de outubro de 2018

Propostas econômicas dos presidenciáveis


Álvaro Dias (Podemos)
·         Criar pelo menos 10 milhões de empregos.
·         Isentar do Imposto de Renda quem recebe até R$ 5 mil por mês.
·         Adotar um modelo no qual as bases do tripé macroeconômico (regime de metas de inflação, câmbio flutuante e cumprimento da meta fiscal) sejam restauradas e se garanta a independência do Banco Central para definição da política monetária.
·         Pôr em prática um corte linear de 10% das despesas, que eliminaria o déficit primário no primeiro ano.
·         Realizar uma auditoria da dívida pública.
·         Fazer uma reforma da Previdência, adotando um sistema de capitalização, e cobrar dívidas previdenciárias de grandes empresas.
·         Incentivar setores que podem gerar emprego, como o energético, o ambiental, o agronegócio, o turismo e a construção civil.

Cabo Daciolo (Patriota)
·         “Transformar a colônia brasileira em nação brasileira”.
·          “Capacitar e preparar a mão de obra. A partir daí, baixo os juros, retiro impostos e isso vai oxigenar o país. Automaticamente, o mercado vai se abrir e nós vamos empregar esse povo”.
·         Fazer uma auditoria na dívida pública.
·         “Pegar a fundo os sonegadores, porque nós temos 400 bilhões de sonegadores”.
·         Reduzir a taxa de juros, reduzir a carga tributária, reduzir a despesa pública.
·         Pavimentar 100% das rodovias federais.
·         Ampliar a quantidade de vias férreas para 150 mil quilômetros e ampliar as hidrovias para desafogar a malha rodoviária e estimular o desenvolvimento econômico.


Ciro Gomes (PDT)
·         Criar o programa Nome Limpo, para ajudar a limpar o nome de 63 milhões de pessoas no SPC e Serasa (cadastros de pessoas inadimplentes), que assumiram dívidas até 20 de julho de 2018. Isso seria feito através da renegociação, descontando multas e correções.
·         Gerar 2 milhões de empregos no primeiro ano de governo. Para isso, implementar um plano emergencial de geração de emprego, que inclui a retomada de obras que estão paradas (como a Transposição do São Francisco) e o investimento em obras de saneamento básico e na construção de moradias populares.
·         Reindustrializar o Brasil, para o país voltar a crescer e gerar mais empregos.
·         Adotar medidas para aumentar a competição entre bancos e reduzir juros. "Eu vou quebrar o cartel dos bancos".
·         Reduzir impostos que recaem sobre pobres e classe média. Aumentar impostos para mais ricos, recriando o Imposto de Renda sobre lucros e dividendos e alterando alíquotas do imposto sobre herança e doações.
·         Acertar as contas do governo. Para isso, fazer uma reforma da Previdência, reduzir despesas, mudar a composição da carga tributária, baixar a taxa de juros e tornar a taxa de câmbio competitiva.
·         Implementar políticas de inovação e estímulo ao investimento em quatro grandes setores, cujos insumos o Brasil importa: agricultura, óleo, gás e biocombustíveis, defesa e saúde.
·         Revogar negociação de venda da Embraer para a Boeing.

Fernando Haddad (PT)
·         Implementar medidas emergenciais para sair da crise, como redução dos juros, criação de linhas de crédito com juros e prazo acessíveis com foco nas famílias, criação de um Plano Emergencial de Empregos com foco na juventude e retomada de obras paralisadas e do Programa Minha Casa Minha Vida.
·         Criar a Política Nacional de Desenvolvimento Regional e Territorial, para interiorizar atividade econômica.
·         Isentar do Imposto de Renda de Pessoa Física quem ganha até 5 salários mínimos e criar faixas de contribuição maiores para os mais ricos.
·         Tributar grandes movimentações financeiras, distribuição de lucros e dividendo e grandes patrimônios.
·         Adotar regras para controlar a entrada de capital especulativo no Brasil e inibir a volatilidade do câmbio.
·         Promover uma reforma bancária, adotando uma tributação progressiva sobre os bancos, com alíquotas reduzidas para os que oferecerem crédito a custo menor e com prazos mais longos.
·         Estimular a reindustrialização. Para isso, bancos públicos devem assumir papel importante no financiamento.

Geraldo Alckmin (PSDB)
·         Privatizar empresas estatais, para liberar recursos e aumentar a eficiência.
·         Eliminar o déficit público em dois anos.
·         Fazer a reforma da Previdência, criando um sistema único de aposentadoria para os setores público e privado.
·         Priorizar políticas que permitam às regiões Norte e Nordeste desenvolver plenamente as suas potencialidades em áreas como energias renováveis, turismo, indústria, agricultura e economia criativa.
·         Abrir a economia e fazer com que o comércio exterior represente 50% do PIB.
·         Dar prioridade aos investimentos em infraestrutura, em parceria com a iniciativa privada.

Guilherme Boulos (PSOL)
·         Criar um programa de obras públicas, que irá expandir investimentos públicos em mobilidade urbana, moradia, saneamento básico e recursos hídricos, sistema de saúde, energias renováveis.
·         Enfrentar o “bolsa banqueiro” e o “bolsa empresário”.
·         Fazer uma profunda reforma tributária. Atualizar a tabela do Imposto de Renda, reduzindo o imposto para trabalhadores e para classe média e aumentando alíquota para super-ricos. Além disso, tributar lucro e dividendo, taxar grandes fortunas e aumentar alíquota de imposto sobre grandes heranças.
·         Fortalecer empresas públicas. Reverter privatizações e retomar o controle nacional da Embraer. Contra a privatização da Petrobras.
·         Criar o programa Levanta Brasil, com investimentos públicos em infraestrutura, saúde, educação e segurança.
·         Contra a adoção de um regime de capitalização para a Previdência.

 Henrique Meirelles (MDB)
·         Criar 10 milhões de empregos em 4 anos.
·         Fazer o país crescer 4% ao ano.
·         Fazer mais privatizações de empresas públicas. “Privatizar é uma prioridade”.
·         Facilitar a inserção dos jovens no mercado de trabalho, expandindo a oferta de vagas no ensino técnico e incentivando o primeiro emprego.
·         Terminar obras públicas paralisadas.

Jair Bolsonaro (PSL)
·         Deixar para trás o comunismo e o socialismo e praticar o livre mercado.
·         Criar uma nova carteira de trabalho verde e amarela, em que o contrato individual prevaleça sobre a CLT. Os novos trabalhadores poderão optar, de forma voluntária, por um vínculo empregatício baseado na nova carteira de trabalho ou na tradicional (azul). Além disso, defende uma outra versão da CLT para o trabalhador rural. “O homem do campo não pode parar no Carnaval, sábado, domingo e feriado. A planta ali vai estragar”.
·         Reduzir em 20% o volume da dívida pública por meio de privatizações, concessões, venda de propriedades imobiliárias da União.
·         Criar o Ministério da Economia, que abarcará funções hoje desempenhadas pelos Ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio, bem como a Secretaria Executiva do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos).
·         Eliminar o déficit público primário no primeiro ano de governo e convertê-lo em superávit no segundo ano.
·         Criar o Balcão Único, que centralizará todos os procedimentos para abertura e fechamento de empresas.
·         Defende privatizações. No caso da Petrobras, admite a privatização "se não tiver uma solução" a respeito da política de preço dos combustíveis. "Temos que ter um combustível com preço compatível". É contra a privatização do Banco do Brasil, Caixa Econômica.
·         Defende redução de impostos, é contra taxação de grandes fortunas e heranças e contra novas tributações a empresários.
·         Extinguir o Ministério das Cidades e "mandar o dinheiro diretamente para o município".
·         Tornar o Brasil um centro mundial de pesquisa e desenvolvimento em grafeno e nióbio.

João Amôedo (Novo)
·         Equilibrar as contas públicas com corte de gastos, privilégios, privatizações, revisão de desonerações.
·         Privatizar empresas públicas, como Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal.
·         Tributar menos o consumo (por exemplo, impostos embutidos nos preços de compra). Não aumentar a tributação sobre a renda. É contra a taxação de grandes fortunas.
·         Defende a autonomia do Banco Central. Para isso, pretende criar um mandato de quatro anos para o presidente do órgão, renováveis por mais quatro, começando no meio do mandato do presidente da República.
·         Descentralizar a gestão dos recursos públicos, dando mais autonomia para Estados e municípios.
·         Modernizar as relações de trabalho.
·         Contra a política de valorização do salário mínimo por decreto do governo. Defende que os salários sejam aumentados por uma política de aumento da produtividade.

João Goulart Filho (PPL)
·         Dobrar o salário mínimo em quatro anos. Para 2019, aumentar o salário mínimo em 20%.
·         Criar 20 milhões de empregos em quatro anos.
·         Não fazer a reforma da Previdência. Em vez disso, cobrar as dívidas devidas à Previdência.
·         Paralisar os processos de privatização de empresas estatais em curso.
·         Promover o adensamento das linhas de metrô nos principais centros urbanos. Para isso, será criada uma empresa estatal nacional, a Metrobrás.
·         Aumentar investimentos públicos.
·         Promover uma reforma tributária, que elimine impostos indiretos e taxe a renda e a propriedade "dos grandes e não o salário dos pequenos”.
·         Usar bancos públicos como BNDES para fomentar pequenas e médias empresas, em vez de financiar multinacionais.
·         Dar prioridade à agricultura familiar, promovendo reforma agrária e oferecendo assistência técnica.

José Maria Eymael (DC)
·         Diminuir o custo do crédito ao setor produtivo.
·         Incentivar a construção civil, através de política tributária específica e políticas de desenvolvimento urbano e saneamento básico.
·         Apoiar o empreendedorismo e a criação de micro, pequenas e médias empresas.
·         Estimular a instalação de polos de desenvolvimento em parceria com governos estaduais.
·         Apoiar e incentivar o turismo.
·         Valorizar o agronegócio e apoiar os pequenos e médios produtores rurais.

Marina Silva (Rede)
·         Controlar os gastos públicos, não permitindo que aumentem acima do limite de 50% do crescimento do PIB.
·         Revisar a reforma trabalhista de Michel Temer, removendo a possibilidade de trabalho de gestantes e lactantes em locais insalubres e o pagamento de honorários advocatícios por quem perder ação judicial.
·         Não elevar a carga tributária. “A carga tributária atingiu o seu ponto máximo e não pode ser elevada”. Adotar tributação sobre dividendos com redução simultânea do IRPJ (Imposto de Renda sobre Pessoas Jurídicas). Elevar da alíquota do imposto sobre herança.
·         Acabar com a “bolsa empresário” — subsídios para grandes empresas. Revisar as renúncias fiscais e suspender a criação de Refis
·         Analisar a privatização de empresas estatais. Não privatizar a Petrobrás, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.
·         Criar uma instância de governo para atrair o setor privado para atuar no setor de infraestrutura.

Vera Lúcia (PSTU)
·         Reduzir a jornada de trabalho sem redução dos salários.
·         Implementar o salário mínimo calculado pelo Dieese — em janeiro de 2018, o valor seria de R$ 3.752.
·         Implementar planos de obras públicas para gerar emprego e resolver problemas estruturais.
·         Reestatizar, sem indenização e sob controle dos trabalhadores, todas as estatais privatizadas. Estatizar as 100 maiores empresas, também sob controle dos trabalhadores.
·         Nacionalizar e estatizar, sem indenização e sob controle dos trabalhadores, todo o sistema financeiro.
·         Nacionalizar e expropriar o latifúndio.
·         Acabar com incentivos fiscais tanto para empresas nacionais como multinacionais.
·         Criar um plano de obras públicas.

Para ler mais propostas dos presidenciáveis sobre este e outros temas, acesse: 


sexta-feira, 28 de setembro de 2018

"Vencemos a crise", afirma Temer

Michel Temer começou a se despedir oficialmente da Presidência da República na terça-feira, no discurso realizado na abertura do debate geral da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.
Temer tem defendido o que chama de "vitória contra a crise" como o principal legado de seu governo - um dos mais impopulares do planeta, com 90% de desaprovação e 6% de aprovação, segundo pesquisa divulgada pelo Ibope no último dia 19.
"O desafio é tentar passar uma mensagem positiva sobre o país e a gestão. Algo como 'missão cumprida'", avalia um auxiliar, na condição de anonimato. "É uma retórica complicada, porque o Brasil ainda é visto como um país muito corrupto e burocrático, mesmo depois do impeachment da (ex-presidente) Dilma."
Como fez nos anos anteriores, o presidente pretende minimizar a impopularidade ressaltando a boa relação que mantém com deputados e senadores, o que teria levado à aprovação de projetos como o teto de gastos públicos, a reforma trabalhista, um plano de privatizações e a reforma do Ensino Médio.
"Os resultados estão aí. A inflação está novamente sob controle. A taxa básica de juros recuou ao mais baixo patamar da série histórica. A economia brasileira retomou o caminho do crescimento", disse Temer.
"É como uma família. Você não pode gastar mais do que aquilo que ganha." Afirmou o presidente, após o crescimento de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2017, após dois anos de recessão. A postura de distanciamento absoluto do governo de Dilma Rousseff, no qual foi vice-presidente foi mantida.
Sobre desemprego, o atual governante foi mais discreto. "Os empregos estão voltando", afirmou, apesar de 12,9 milhões de brasileiros (ou 12,3% da força de trabalho) ainda buscarem ocupação em todo o país, segundo os dados trimestrais mais recentes do IBGE.
Também foi na contramão do presidente americano, Donald Trump, e ressaltou a importância de órgãos e parcerias multilaterais, criticando medidas protecionistas e nacionalistas. Um exemplo foi a aproximação recente entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico, que assinaram em julho um plano de ações conjunto.
Para ler mais sobre o assunto, acesse: 

'Vencemos a crise': os 5 legados que Temer dirá ter deixado ao Brasil em discurso de despedida na ONU


domingo, 16 de setembro de 2018

Plenário do Senado aprova MP do subsídio ao óleo diesel

O Plenário do Senado aprovou na quarta-feira, dia 5, a  Medida Provisória 838/2018, que concede subvenção para a venda e a importação do óleo diesel de uso rodoviário. A MP foi uma das promessas do governo em troca do fim da greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio.
A MP 838 reduz em R$ 0,30 o preço do diesel nas bombas dos postos, a um custo de R$ 9,5 bilhões ao Tesouro Nacional até o fim deste ano. Havia uma preocupação do governo sobre o prazo para a votação da MP, que precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até o dia 10 de outubro. Caso contrário, a medida perderia a validade.
O valor do subsídio que vai valer até o fim do ano - R$ 0,46 por litro - é o mesmo da primeira MP, editada no fim de maio. Prevaleceu o prazo original estabelecido pela MP editada pelo governo, que prevê o fim da subvenção em 31 de dezembro de 2018.

Para ler a notícia completa, acesse:

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Vantagens da valorização do dólar (e desvalorização do Real) para o Brasil

        Nos últimos dias, mesmo que involuntariamente, ouvimos falar muito sobre o disparo que o dólar teve no mercado internacional. Podemos (e devemos) ficar preocupados. Mas calma, a desvalorização do Real e a a valorização do dólar (sim, são coisas distintas) nem sempre são sinônimo de prejuízo e má atuação da economia do Brasil. Na verdade, a desvalorização maciça do Real observada nas últimas semanas (12% em termos reais) serviu para corrigir os déficits em conta corrente no país, isso porque, com a desvalorização de uma moeda, investidores estão se livrando de moedas de países emergentes onde percebem falhas na economia, como grandes déficits comerciais.
        No entanto, a desvalorização do real foi o dobro do que deveria ter sido para se anular o déficit em conta corrente, visto que com uma desvalorização real de 6%, esse resultado já teria sido atingido, justificando o por que de eu ter dito que devemos nos preocupar com tal desvalorização.
        No entanto, há uma outra vantagem em o Real estar desvalorizado frente a uma moeda estrangeira (como, por exemplo, o dólar): quando isso ocorre, com menos moedas estrangeiras um comprador consegue comprar mais produtos nacionais, motivando as exportações de produtos produzidos em nosso país, favorecendo a balança comercial.
        Uma matéria com conteúdo similar ao tratado ao texto desa semana pode ser acessado pelo link a seguir:

O lado bom para a economia da desvalorização maciça do Real



            

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Agosto teve a maior venda de veículos desde 2015


O mercado de veículos novos segue em alta no Brasil e registrou em agosto o maior resultado para​ um mês desde janeiro de 2015, segundo balanço da Fenabrave, que compila os emplacamentos anotados pelas concessionárias. As vendas em agosto superaram, inclusive, a expectativa do setor, atingindo 248,6 mil unidades vendidas. O ritmo diário de vendas tem ficado em torno de 10 mil unidades.
Foram 248,6 mil unidades vendidas em agosto, em soma que considera os segmentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O volume corresponde a um crescimento de 14,8% em relação a agosto do ano passado e de 14,3% na comparação com julho.
Boa parte das vendas contempla um esforço do mercado de recuperar as vendas perdidas durante a greve dos caminhoneiros, ocorrida no final de maio. À época, com as estradas bloqueadas, milhares de veículos não foram entregues pelas montadoras às concessionárias.



Para saber mais sobre as vendas do setor automotivo, acesse: Agosto tem maior venda de veículosdesde janeiro de 2015


terça-feira, 28 de agosto de 2018

Você tem o costume de poupar?

        Quando ouve-se essa pergunta, a maioria dos brasileiros deve sentir um friozinho na barriga e pensar: 'Nossa... eu tenho que passar a guardar uma grana...". Isso é dito pois, segundo uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), no mês de junho desse ano apenas 18% dos brasileiros pouparam algum valor de suas rendas. Pra piorar, 73% dos entrevistados disseram que terminaram o mês sem nenhuma reserva!
        Então pessoal, vamos tentar diminuir esse percentual! É difícil? Sim, claro! Mas há algumas dicas práticas que podem ajudá-los a conseguir juntar uma graninha todo mês. Aqui vão elas:

1 - Faça um diagnóstico financeiro;
2 - Corte gastos;
3 - Reduza as despesas fixas;
4 - Antecipe as despesas extras;
5 - Procure programas de lazer mais baratos;
6 - Tenha em mente: pequenas despesas, grandes gastos!;
7 - Compartilhe despesas;
8 - Tome cuidado com planos de fidelidade;
9 - Pague as contas no mesmo dia;
10 - Busque outras fontes de renda;
11 - Ates de comprar, conserte; e
12 - Separe um dia por mês para não comprar nada.

        Não consegue ver sentido nessas dicas? Nos links a seguir você pode ler as explicações de como colocar as dicas em prática e sobre a pesquisa realizada pela CNDL e pelo SPC Brasil:

Está faltando dinheiro? Veja 12 dicas para poupar, mesmo ganhando pouco

Apenas 18% dos brasileiros pouparam em junho, diz indicador da CNDL   

      

domingo, 26 de agosto de 2018

Por que o PIB não é boa medida de bem-estar

O PIB, Produto Interno Bruto, é um indicador econômico usado, grosso modo, para medir a geração de riqueza. "Ele nos ajuda a saber quanto vamos arrecadar em impostos e, portanto, quanto o governo pode gastar em serviços como saúde e educação", observa Athow.
David Pilling, editor do jornal britânico Financial Times, observa que "o PIB não faz distinção entre uma boa atividade econômica e uma atividade econômica ruim". Há muitas coisas que são boas para a economia e que não são boas para a sociedade. Por exemplo: se há mais crimes, paga-se mais aos advogados e à polícia, e isso conta no PIB.
O PIB acabou por ser muito diferente de sua intenção original, ou seja, sua medida de bem-estar econômico acabou virando uma medida da atividade na economia.
Criado durante a Grande Depressão americana, o conceito se tornou popular graças às Nações Unidas. “Eclodiu a Segunda Guerra Mundial e o influente economista britânico John Maynard Keynes disse: 'Eu não preciso saber quanto de bem-estar existe, porque estamos em guerra. O que preciso saber é o quanto a economia pode produzir e o mínimo essencial que as pessoas precisam consumir, para saber quanto sobra para financiar a guerra’", explica Coyle.




terça-feira, 14 de agosto de 2018

Boas-vindas / 5 Frases de Presidenciáveis Sobre Economia

     Primeiramente, gostaria de dar as boas-vindas em meu nome e da monitora Thalita aos alunos da disciplina Economia (ECO034) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) a mais um período de muitas batalhas e desafios, mas também de muito informação sobre a economia do Brasil e do mundo de maneira simples e divertida.
     Começaremos com uma seleção de frases de presidenciáveis das eleições desse ano sobre a economia. Será que os mesmos estão falando a verdade? Será que estão desinformados? Ou será que disseram tais frases apenas para passar uma boa impressão ao eleitorado? É o que analisou o Truco – projeto de fact-checking (checagem de veracidade de informações) da Agência Pública – sobre as frases ditas pelos cinco políticos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto (Bolsonaro, Alckmin, Ciro, Marina e Lula). Seguem tais frases e a definição que a Agência Pública as deu:

“Metade dos trabalhadores hoje estão na informalidade.” – Jair Bolsonaro (PSL), no programa Mariana Godoy Entrevista, da RedeTV! - EXAGERADA;

“Hoje, 17 estados brasileiros estão quebrados.” – Ciro Gomes (PDT), em entrevista para o programa Hora do Voto, da TV Gazeta - EXAGERADA;

“O Brasil [tem participação de] 1% do mercado exterior.” – Geraldo Alckmin (PSDB), no programa Mariana Godoy Entrevista, da RedeTV! - SEM CONTEXTO;

“Éramos a oitava economia [do mundo]. Hoje somos a nona.” – Marina Silva (REDE), no programa Central das Eleições, da GloboNews - FALSA;

“A gente aumentou o salário mínimo em 74%.” – Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em discurso durante a caravana em Curitiba - SUBESTIMATIVA.

     A análise mais completa dessas frases se encontra no link a seguir: 5 frases dos candidatos a presidente sobre economia.


segunda-feira, 18 de junho de 2018

28,7 milhões de brasileiros passam a ter direito ao PIS/Pasep a partir de hoje

        Seguindo a estratégia do Governo quando o mesmo liberou os saques de contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que colocaram cerca de R$43 bilhões na economia, o presidente Michel Temer assinou, na última semana, um decreto que amplia a possibilidade de saque de contas inativas do PIS/Pasep (Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) para pessoas a partir dos 57 anos (servidores públicos e pessoas que trabalharam com carteira assinada de 1971, quando esses programas foram criados, até 1988). Até então, o saque total só podia ser feito quando o trabalhador completasse 70 anos, se aposentasse, tivesse doença grave ou invalidez ou fosse herdeiro do titular da compra.
        Os saques poderão ser feitos entre os dias 14 e 28 de setembro e têm como objetivo o impulsionamento da economia, já que um total de R$34,3 bilhões poderão ser sacados. Esses recursos estarão disponíveis para saque no BB (Banco do Brasil) ou na Caixa Econômica Federal.
        A notícia na íntegra pode ser acessada pelo link:

        Saques do PIS/Pasep colocarão R$ 34,3 bilhões na economia


terça-feira, 22 de maio de 2018

Afinal, o WhatsApp ganha dinheiro?

O WhatsApp foi criado com base nos princípios "Sem anúncios! Sem jogos! Sem truques!", e tal frase norteava a estratégia de negócios da empresa até o momento. Entretanto, com o anúncio da saída de um dos fundadores da empresa, Jan Koum, esses princípios podem ser deixados de lado, o que sinalizaria novos rumos para a empresa comprada pelo Facebook em 2014. 
A divergência interna em um dos aplicativos mais usados do mundo se dá em meio a uma pressão crescente de investidores para que Mark Zuckerberg, presidente do Facebook, prove que estava certo ao pagar US$ 22 bilhões para comprá-lo. 
Uma das razões pelas quais, mesmo sendo tão popular, o WhatsApp opera no vermelho é o fato de ser totalmente gratuito. O aplicativo já foi pago no passado, mas em 2016 a empresa deu fim a qualquer tipo de cobrança, por acreditar que isso impedia o aumento do número de usuários. "Receita não era uma preocupação de Zuckerberg, senão ele não teria comprado uma empresa que havia dado um prejuízo de US$ 130 milhões no ano anterior. Ele disse que esperaria o primeiro bilhão de usuários para pensar em como tornar o aplicativo rentável." 
Apesar de ainda não gerar renda, o WhatsApp gera benefícios para o Facebook. "O WhatsApp torna o Facebook mais valioso, porque empresas assim são avaliadas pela base de usuários e a frequência de uso, que, no caso do WhatsApp, só crescem", explica Tripoli. Além disso, o aplicativo também ajuda a tornar o sistema de propaganda da rede social mais eficiente, pois informa há quanto tempo uma pessoa usa o aplicativo de mensagens, com que frequência faz isso, qual é a versão do programa que está instalada no celular e ainda fornece o número de celular, o país em que o usuário está e o tipo de telefone e sistema operacional usados.
Enquanto não possui nenhuma forma de ganhar dinheiro, o aplicativo de mensagens testa outras saídas. Em janeiro, lançou o WhatsApp Business, voltado para pequenas e médias empresas. Essa versão do programa é gratuita e oferece algumas vantagens, mas o diretor de operações do aplicativo afirma que está nos planos "cobrar de empresas no futuro". 
O WhatsApp também testa um sistema de pagamentos na Índia, onde tem 200 milhões de usuários, que permite às pessoas enviar e receber dinheiro por meio do programa. O aplicativo de mensagens WeChat já oferece esse serviço na China. 
Uma estimativa feita pela consultoria Trefis Team, publicada pela revista Forbes em novembro, estima que o WhatsApp pode vir a ter uma receita de US$ 5,2 bilhões a US$ 15,6 bilhões se adotar as estratégias usadas por outros aplicativos de mensagens. 
Concorrentes como Line e WeChat faturam a partir de um mix de publicidade, jogos, serviços de pagamentos e compras feitas por meio do programa. Isso iria contra os valores da empresa, mas eles podem estar ficando no passado, junto com seus fundadores, avalia Guissoni: "Não vai ter outra alternativa, vão ter que abrir mão de alguma coisa".


Tela do Google com pesquisa sobre o WhastApp


Para ler mais sobre o assunto, acesse: Como o WhatsApp ganha dinheiro?

sexta-feira, 18 de maio de 2018

PIB X PNB

        Como visto em sala de aula na disciplina ECO034 (Economia) da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), o PIB (Produto Interno Bruto) é um dos principais indicadores econômicos de uma região (geralmente um país) e é dado por:

    PIB = C + I + G + (X - M), com

C: Consumo Familiar;
I: Investimento Privado, ou seja, gastos das empresas;
G: Gasto Governamental; e
(X - M): Balança Comercial, que é o resultado das exportações menos o valor das importações.
     
        Porém, existe um outro indicador financeiro de grande importância, principalmente para os países mais desenvolvidos: o PNB (Produto Nacional Bruto). Este consiste em tudo aquilo que é produzido em determinado território (renda devido à produção) em um período de tempo decrescido da Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLEE), ou seja 

PNB = PIB - RLEE.

        A RLEE consiste na diferença entre toda a renda que é enviada ao exterior por empresas estrangeiras com filiais instaladas em território nacional e toda a renda que é recebida do exterior pela matriz de empresas nacionais que possuem filiais instaladas no exterior, ou seja,

RLEE = REE - RRE, com

REE: Renda Enviada ao Exterior; e
RRE: Renda Recebida do Exterior.

        Mais informações podem ser obtidas lendo-se a matéria "Qual a diferença entre PIB e PNB?" .




        

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Inúteis: a nova classe de pessoas

        Já pensou se encontrar numa situação em que aquilo que você sabe fazer é agora feito por robôs e você não consegue se reinventar e se qualificar para as funções demandadas por um mundo cada vez mais automatizado? Então, isso é o que ocorrerá com uma boa parcela da sociedade até 2050, segundo Yuval Noah Harari, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém e autor do livro 'Sapiens - Uma Breve História da Humanidade'.
        Segundo Yuval, com o avanço da inteligência artificial, muitos profissionais não apenas ficarão desempregados, como também não serão mais empregáveis. Com isso, uma nova classe de pessoas se formará, a qual ele chama de 'inúteis' (então, a música do Ultraje a Rigor fará ainda mais sentido, concorda?) em seu artigo publicado no The Guardian, intitulado 'O Significado da Vida em um Mundo sem Trabalho'. O interessante é a capacidade do autor em explicar como essa parcela da sociedade se manterá satisfeita e ocupada, nos mostrando o quanto uma grande parte da sociedade atual já vive em estado muito parecido com o que essa parcela viverá.
        Ele explica que as pessoas se entreterão através de jogos de realidade virtual em 3D, jogos esses que ele compara com as religiões: "Se você reza todo dia, ganha pontos. Se você se esquece de rezar, perde pontos (...)". Porém, uma comparação ainda mais ampla que ele faz com tais jogos é com o consumismo. Na sociedade atual, se você compra carros novos, roupas de grife, viaja para o exterior nas férias, você está somando pontos e, assim, 'ganhando' de várias pessoas da sociedade.
        O professor finaliza seu raciocínio dizendo que o sentido da vida sempre foi uma história ficcional criada por humanos, e que o fim do trabalho não significará necessariamente o fim do mesmo, sendo que ele será encontrado no mundo pós-trabalho na realidade virtual criada por computadores ou por religiões e ideologias: "Você realmente quer viver em um mundo no qual bilhões de pessoas estão imersas em fantasias, perseguindo metas de faz de conta e obedecendo a leis imaginárias? Goste disso ou não, esse já é o mundo que vivemos há centenas de anos.".
        A matéria na íntegra pode ser acessada pelo link a seguir

        "Uma nova classe de pessoas deve surgir até 2050: a dos inúteis"


sábado, 5 de maio de 2018

Juros argentinos sobem para 40%, a maior taxa nominal do mundo

Em uma tentativa de conter a escalada do dólar diante de uma saída de capitais que desvalorizou a moeda argentina em 8% em uma semana, o Banco Central argentino aumentou a taxa básica de juros de 27,5% para 40% – a maior taxa nominal do mundo. Ao todo, foram três anúncios de alta dos juros em um intervalo de oito dias (do dia 27 de abril ao dia 4 de maio). 

O BC argentino vinha perdendo credibilidade desde o fim de dezembro, quando a equipe econômica de Macri anunciou que deixaria de perseguir uma inflação ao redor de 10% e passaria a ter 15% como meta, em uma tentativa de aumentar o ritmo de crescimento da economia. Apesar de o mercado já não acreditar que esses números seriam atingidos – a inflação em 2017 ficou em 24,8% e as projeções para 2018 são de mais de 20% –, a interpretação foi de que o controle da inflação havia deixado de ser prioridade. 

Também contribuíram para o caos desta semana a avaliação de que os déficits das contas públicas e das contas externas continuam altos e a criação de um novo imposto sobre ganhos financeiros de investidores estrangeiros. De acordo com o economista Martín Redrado, ex-presidente do Banco Central, esse cenário doméstico foi responsável por 60% da crise. Os outros 40% decorreram da valorização do dólar em relação a moedas de países emergentes. 

A medida conseguiu acalmar o mercado, mas economistas falam em possibilidade de novas altas. 

A matéria completa pode ser acessada no link a seguir:


terça-feira, 1 de maio de 2018

5 das empresas mais valiosas da América Latina são brasileiras

        Apesar da presença majoritária de empresas brasileiras no top 10, em termos de valorização, o índice é dominado pelo México, que pela quinta vez consecutiva é o país que tem empresas respondendo por 35% do ranking total. Enquanto isso, as marcas brasileiras estão respondendo por 34%. O índice deste ano reflete um aumento de 18% na valorização das marcas da região, sendo deu valor global é de US$ 130,8 bilhões.

1. Corona (empresa mexicana): É a cerveja importada mais consumida em 50 dos 120 países em que é comercializada. Seu valor é de US$ 8,292 bilhões.

2. Skol (empresa brasileira): Em 2016 e 2017, a cerveja Skol, que pertence à AB InBev, foi a marca mais valiosa da América Latina. Seu atual valor é de US$ 8,263 bilhões.

3. Bradesco (empresa brasileira): Aumentou seu valor em termos percentuais em 58% no último ano, sendo seu valor atualmente de US$ 7,018 bilhões.

4. Itaú (empresa brasileira)

5. Telcel (empresa mexicana)

6. Falabella (empresa chilena)

7. Cerveja Brahma (empresa brasileira)

8. TV Globo (empresa brasileira)

9. Águila (empresa colombiana)

10. Bodega Aurrerá (empresa mexicana)
   

     Para saber mais, a reportagem completa pode ser lida em:
As 10 marcas mais valiosas da América Latina (5 são brasileiras)

terça-feira, 24 de abril de 2018

Emprego na Construção Civil tem queda

        Parece que o setor da Construção Civil não está botando muita fé na recuperação da Economia, e, com isso, deixa a mesma sem um grande aliado para que uma alavancada nos índices econômicos sejam observados. Seja por indefinição nas eleições deste ano, seja por comportamento inconvincente da recuperação econômica, o fato é que o setor registrou uma queda de 4,19% no nível de emprego de fevereiro quando comparado ao do ano passado, diz a Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).
        Ainda pela pesquisa realizada em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base em informações Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE), desconsiderando-se efeitos sazonais, o nível de emprego no setor caiu 0,52% em fevereiro em comparação com janeiro. As regiões que apresentaram maiores índices de demissões no setor nesse período foram a Norte (-1,9%), Sudeste (-0,19%) e Nordeste (-0,03%). Por outro lado, as regiões Sul e Centro-Oeste elevaram em 0,43% e 0,42%, respectivamente, o saldo de trabalhadores.
        Fiquemos, portanto, na esperança e busca por dias melhores, quando os empresários tenham certeza de que será vantajoso e viável construir, e quando os consumidores tenham, de fato, potencial financeiro para obter um imóvel novo. É o que muitos brasileiros merecem.
        A matéria na íntegra pode ser acessada pelo link a seguir

Nível de emprego na construção civil cai 4,19% em fevereiro ante um ano atrás, diz Sinduscon-SP


quinta-feira, 12 de abril de 2018

Guerra Comercial: ameaça ao comércio internacional

        Nas últimas semanas, tem-se escutado muito falar sobre sobretaxas que o governo norte americano deseja impor sobre alumínio e aço importado de diversos países, inclusive do Brasil. Porém, tal imposição não agradou nem um pouco uma outra grande potência econômica mundial: a China. Desde que os Estados Unidos decidiram por cobrar a sobretaxa de 25% sobre a importação de aço e de 10% sobre a importação de alumínio, no dia 8 de março desse ano, a China travou uma queda de braços para proteger sua economia e tentar fazer com que o presidente dos EUA, Donald Trump, volte atrás. Porém, até agora a única resposta por parte do governo americano tem sido tomar outras medidas prejudiciais à economia chinesa. Segue o cronograma de ações tomadas pelos dois países após a sobretaxação dos produtos metalúrgicos:

22 de março de 2018: EUA anunciam tarifas de US$50 bilhões sobre 1,3 mil produtos chineses, alegando violação de propriedade intelectual;

2 de abril de 2018: em resposta à taxação, China impõe tarifas de 25% sobre 128 produtos dos EUA, como soja, arros, aviões, carne e produtos químicos;

5 de abril de 2018: China recorre à OMC contra tarifas dos EUA para o aço e o alumínio. No mesmo dia, Trump propõe sobretaxar em mais US$100 bilhões produtos chineses.
 
        Tais anúncios intensificaram os temores de que a rivalidade afete o comércio internacional. O Fed (Federal Reserve), banco central americano, expressou preocupação na última reunião de seu comitê monetário sobre os riscos que representaria uma guerra comercial para a economia dos próprios Estados Unidos, segundo um relatório divulgado nesta quarta (11): "Uma ampla maioria dos participantes (...) considera a perspectiva de represálias comerciais por parte de outro país como um risco de baixa para a economia dos Estados Unidos." - destacam as atas da reunião de política monetária do Fed, realizada no dia 21 de março.
        A matéria na íntegra pode ser acessada via o link a seguir

Perspectiva de guerra comercial traz risco para a economia dos EUA, diz Fed