terça-feira, 31 de outubro de 2017

Você consegue poupar dinheiro? A psicologia explica.

        O blog de hoje traz uma postagem do site "Por quê? - Economês em bom português" que se baseou em uma pesquisa para aferir o que a psicologia demonstra daqueles que não conseguem poupar dinheiro.
         Em síntese, averiguou-se que cerca de 75% dos brasileiros não conseguiriam obter a quantia de R$2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) se estivessem em uma situação de extrema necessidade, ante a não reserva de dinheiro e consciência de imprevistos. Constatou-se, também, que uma parcela ínfima da população retém alguma renda pensando no futuro de médio ou longo prazo.
          O referido site aponta para o fato de que, além das condições financeiras, há, ainda, questões psicológicas relacionadas à dificuldade de poupar de grande parcela populacional.
          Algumas dessas causas são: a dificuldade de renunciar ao agora para ter um futuro melhor e a necessidade de viver apenas o presente. Confiram as explicações no link anexo acima. Nele também consta o porquê se sugere poupar e como conseguir realizar isso.




segunda-feira, 16 de outubro de 2017

RLEE e suas implicações na balança comercial

        No estudo da teoria macroeconômica, mais especificamente, da teoria de contas nacionais, existe um índice que é um excelente indicador de qual papel determinado país exerce no comércio internacional: o de provedor de mão-de-obra, menos provido de tecnologia de ponta e importador da mesma; ou o de exportador de tecnologia nacional, que geralmente comercializa produtos de alto valor agregado, produzidos por empresas de sua nacionalidade dentro ou fora de seus limites territoriais (multinacionais). Esse indicador é a Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLEE).
        A RLEE é composta pela Renda Bruta Enviada ao Exterior (RE) – parcela dos rendimentos que os estrangeiros (pessoas ou empresas), instalados no país em análise, enviam ao seu país de origem - e a Renda Bruta Recebida do Exterior (RR) – parcela dos rendimentos que os nacionais (pessoas ou empresas), instalados em outro país, remetem para o país em análise. Como exemplo de envio de renda ao exterior, temos o percentual do lucro que uma empresa norte-americana instalada no Brasil envia para sua sede nos EUA, ou a parcela da renda de um americano residente no Brasil que é remetida para os EUA. Do outro lado, como exemplo de recebimento de renda do exterior, temos a empresa brasileira atuante no mercado norte-americano que remete parte de seus lucros para a matriz instalada no Brasil, ou parte da renda dos brasileiros residentes nos EUA que é remetida para a economia brasileira.
        Pois então, por que a RLEE é um indicador do papel de determinado país no mercado internacional? Basta pensarmos nos exemplos dados de maneira mais ampla. Países com muitas multinacionais e trabalhadores espalhados pelo mundo tendem a receber uma enorme quantia de renda desses nacionais, o que faz com que, na maioria das vezes, sua RLEE seja negativa (é o caso dos EUA). Já países que fazem o papel de fornecedores de espaço e mão-de-obra para empresas internacionais instalarem fábricas de alta tecnologia em seu território são, geralmente, caracterizados por terem uma RLEE positiva (como é o caso do Brasil).
        Isso faz com que o Brasil, por ter o PIB > PNB, prefira utilizar o PIB (Produto Interno Bruto) como principal indicador de crescimento econômico, já que o PIB é dado pelo PNB (Produto Nacional Bruto) acrescido da RLEE (RE - RR), onde a RLEE > 0. Por outro lado, países que possuem RLEE < 0, tendem a utilizar, como indicador de crescimento, o PNB, uma vez que, nesse caso, se terá PNB > PIB.





domingo, 15 de outubro de 2017

Após 02 anos de queda, comércio dá boas-vindas ao 12 de outubro

           Dessa vez as expectativas dos comerciantes se concretizaram: houve um aumento de 2,7% em relação ao ano de 2016 nas vendas do "Dia das crianças", data em que os varejistas possuem a segunda maior venda do semestre, atrás apenas do Natal.
           A reportagem vinculada pelo site " O Globo" mostra que, segundo pesquisas do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Logistas), as pessoas presentearam mais as crianças do que os pais, cujo levantamento no mês deles demonstrou queda de 0,5% em comparação ao ano passado.
          O resultado apresentado é, de fato, considerado bom, haja vista que a data registrou nos anos de 2016 e 2015 queda de 4,2% e 3,4%, respectivamente, os quais muitos atribuem ser consequência da crise econômica. Porém, a Fecomércio RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro), por exemplo, havia projetado um crescimento na ordem de 7% em todo o país em relação ao ano de 2016.
          A pesquisa também aponta como gasto médio com os presentes o quantum de R$194,00 (cento e noventa e quatro reais), os quais foram despendidos, principalmente, entre brinquedos e roupas e calçados.
          Confiram os demais levantamentos: Resultado está relacionado à melhora da atividade econômica e reaquecimento gradual do mercado de trabalho


quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Análise de Conjuntura Econômica traz um balanço positivo

Segundo Sérgio de Oliveira Birchal, PhD e Pós Doutor em Economia pela London School of Economics (Inglaterra), os resultados da economia brasileira até esse mês (setembro de 2017), nos habilita afirmar que a economia superou a crise de 2015 e 2016 e que o crescimento para o ano de 2017 e de 2018 deve ocorrer de forma sustentada.
Depois da pior crise econômica da história brasileira, começam a surgir dados que apontam que a crise está sendo superada. O crescimento ainda deve ser lento e gradual ao longo do próximo ano, mas é possível afirmar com certeza que a economia vem reagindo. Segundo o Banco Central (BC), a inflação deve encerrar o ano em 3,2%. No entanto, pesquisa realizada pelo próprio BC, aponta que as expectativas do mercado são de que a inflação termine o ano abaixo do piso da meta (3%). Isso terá um efeito positivo para a economia, uma vez que aumenta o poder aquisitivo da população, além de permitir uma queda ainda mais vigorosa da taxa de juros.
A mesma pesquisa do BC (relatório da Focus) mostra que a expectativa é de que a Taxa Selic encerre o ano em 7%, tornando os investimentos financeiros mais atrativos, o que deve impulsionar os investimentos na economia real. Além disso, a queda da taxa de juros deve ter um impacto positivo sobre o estoque de dívidas das famílias e das empresas, além de aliviar o peso da dívida interna do governo.
Outro dado importante que sustenta esta análise são os dados relativos ao emprego, indicador que sempre é o último a apresentar resultados positivos depois de uma crise. Segundo o IBGE, no 2º trimestre de 2017, a taxa de desocupação foi de 13,0%, com retração em todas as grandes regiões, exceto no Nordeste, onde houve estabilidade na geração de empregos. Os principais destaques ficaram por conta da região Norte (com queda de 14,2% para 12,5%) e Centro-Oeste (de 12,0% para 10,6%). As outras taxas foram: Nordeste (de 16,3% para 15,8%), Sudeste (de 14,2% para 13,6%) e Sul (de 9,3% para 8,4%). Pernambuco (18,8%) e Alagoas (17,8%) registraram as maiores taxas de desocupação.
Pelo lado fiscal também há boas notícias. Segundo a Receita Federal, a arrecadação federal em agosto deste ano teve uma elevação real (descontada a inflação) de 10,48%, em comparação com agosto de 2016. O mais importante é que esta reação da arrecadação se deu, principalmente, em função do maior nível de atividade econômica no Brasil. Apesar da boa notícia, esta reação não deve aliviar as contas públicas no curto prazo, mas, mantido este ritmo, as receitas do governo devem aliviar o problema fiscal do país no médio prazo (de um a dois anos).
Pelo lado do comércio exterior, o Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou o resultado parcial da balança comercial até o dia 24 de setembro, que somou US$51,94 bilhões no acumulado de 2017. Ainda segundo o MDIC, o saldo comercial acumulado neste ano supera o resultado positivo apurado em todo o ano passado (US$47,7 bilhões), que era o maior da série histórica (com início em 1989).
Finalmente, a expectativa do mercado segundo o relatório da Focus do BC para o crescimento do PIB em 2017 e 2018 se elevou novamente, sendo esperado um crescimento de 0,68% para este ano e de 2,30% para 2018. Segundo o IBGE, o desempenho da atividade industrial mostra que a indústria brasileira teve um crescimento de 2,5% nos últimos 12 meses (julho de 2017 contra julho de 2016). No acumulado do ano de 2017, a indústria apresenta um crescimento de 0,8%, com crescimento em quase todos os segmentos. Os destaques ficam por conta da indústria de bens duráveis e de bens de capital. Este último dado mostra que o setor industrial está voltando a investir na produção, o que sustenta a afirmação anterior de que deverá haver um aumento maior dos investimentos na economia, em detrimento dos investimentos financeiros.
Finalmente, os investimentos externos diretos na economia brasileira, deve bater um novo recorde, totalizando 75 bilhões de dólares.
Em resumo, mesmo que o desempenho da economia brasileira em 2017 esteja longe de reverter os resultados altamente negativos dos dois últimos anos (2015 e 2016), é possível afirmar que a economia superou a crise e que as expectativas é de uma retomada sustentada do crescimento econômico, mesmo com todas as incertezas no campo político.