domingo, 18 de março de 2018

Crise dos Correios

    Em relatório publicado em dezembro de 2017 a Controladoria Geral da União verificou que, de 2011 a 2016, os Correios apresentaram crescente degradação na sua capacidade de pagamento no longo prazo, aumento do endividamento e da dependência de capitais de terceiros, e principalmente, redução drástica de sua rentabilidade, com a geração de prejuízos crescentes a partir de 2013. No período avaliado, o “Patrimônio Líquido” da empresa reduziu aproximadamente 92,63%.
     A conclusão do relatório foi que se medidas efetivas não forem tomadas, no curto prazo, para ampliação da receita e redução dos custos, principalmente em relação aos Benefícios Pós-Emprego, a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) irá se tornar gradativamente dependente de recursos transferidos pela União para o seu custeio. 
    Uma das medidas de redução de custos defendidas pela atual administração da estatal é a de cobrar dos funcionários a mensalidade dos planos de saúde e a medida em questão foi autorizada nesta segunda-feira (12) pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Pela decisão, o valor da mensalidade dependerá da renda do trabalhador e será cobrado da seguinte maneira:

Até R$ 2,5 mil: 2,5% do salário
R$ 2,5 mil a R$ 3,5 mil: 2,9% do salário
R$ 3,5 mil a R$ 5 mil: 3,2% do salário
R$ 5 mil a R$ 10 mil: 3,5% do salário
R$ 10 mil a R$ 15 mil: 3,8% do salário
R$ 15 mil a R$ 20 mil: 4,1% do salário
Acima de R$ 20 mil: 4,4% do salário

   A mensalidade do filho será de 35% da mensalidade do servidor e do conjugue será de 60%. Além da cobrança de mensalidade, os Correios queriam ainda a exclusão de Pais e Mães do plano de saúde, o que não foi autorizado pelo TST.
      Atualmente a ECT banca mais de 90% do custo do plano de saúde. Com as mudanças, o ministro do TST Aloysio Corrêa da Veiga estima que 30% do custo do plano será pago pelos servidores e 70% pela ECT. A diretoria da estatal estima que os custos do plano de saúde dos trabalhadores representam 10% do faturamento dos Correios, ou seja, uma despesa da ordem de R$ 1,8 bilhão ao ano.

A matéria completa do G1 sobre a decisão do TST pode ser acessada no link a seguir:




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