Em uma tentativa de conter a escalada do dólar diante de uma saída de capitais que desvalorizou a moeda argentina em 8% em uma semana, o Banco Central argentino aumentou a taxa básica de juros de 27,5% para 40% – a maior taxa nominal do mundo. Ao todo, foram três anúncios de alta dos juros em um intervalo de oito dias (do dia 27 de abril ao dia 4 de maio).
O BC argentino vinha perdendo credibilidade desde o fim de dezembro, quando a equipe econômica de Macri anunciou que deixaria de perseguir uma inflação ao redor de 10% e passaria a ter 15% como meta, em uma tentativa de aumentar o ritmo de crescimento da economia. Apesar de o mercado já não acreditar que esses números seriam atingidos – a inflação em 2017 ficou em 24,8% e as projeções para 2018 são de mais de 20% –, a interpretação foi de que o controle da inflação havia deixado de ser prioridade.
Também contribuíram para o caos desta semana a avaliação de que os déficits das contas públicas e das contas externas continuam altos e a criação de um novo imposto sobre ganhos financeiros de investidores estrangeiros. De acordo com o economista Martín Redrado, ex-presidente do Banco Central, esse cenário doméstico foi responsável por 60% da crise. Os outros 40% decorreram da valorização do dólar em relação a moedas de países emergentes.
A medida conseguiu acalmar o mercado, mas economistas falam em possibilidade de novas altas.
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