quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Ambev registra queda nas vendas de cerveja


                A Ambev teve lucro líquido ajustado de R$ 2,892 bilhões no terceiro trimestre, com queda de 10,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita líquida atingiu R$ 11 bilhões no trimestre, crescimento de 5,8% em relação ao mesmo período de 2017. O volume de cerveja vendido no 3º trimestre, entretanto, caiu 2,4% na comparação com o 3º trimestre de 2017.
                Segundo a Ambev, a receita líquida subiu em todas as suas operações: Brasil (2,1%), América Central e Caribe (16,5%), América Latina Sul (13,9%) e Canadá (0,4%). A companhia destacou, entretanto, que as vendas foram impactadas por volumes fracos na Argentina, que passou a ser considerada uma economia altamente inflacionária.
                No Brasil, a queda das vendas foi ainda maior, de 3,1%, ficando "abaixo do mercado de cerveja, o qual contraiu aproximadamente 2,5%, de acordo com nossas estimativas", disse a Ambev, acrescentando que o aumento dos preços pesou no volume vendido.
                A queda do volume comercializado pela Ambev tem sido compensada pelo crescimento das cervejas premium e mais caras da Ambev. Segundo o balanço, as marcas Budweiser, Stella Artois e Corona tiveram um crescimento conjunto de volume de mais de 40% no terceiro trimestre no Brasil e continuaram em alta a nível mundial, com avanço de 7,7%.


Imagem das três marcas globais da empresa.


                Para ler mais sobre o assunto, acesse a notícia na íntegra: Ambev registra lucro de R$ 2,9 bilhões no 3º trimestre com queda nas vendas de cerveja


quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Brasil 'perdeu' 36 mil milionários esse ano

        Segundo relatório do banco suíço Credit Suisse, o número de brasileiros com mais de US$1 milhão recuou 19% em 2018 na comparação com 2017, caindo de 190 mil para 154 mil felizardos. No entanto, esse recuo se deve em boa parte pela desvalorização do Real frente ao Dólar (12,5% de desvalorização desde outubro de 2017), visto que a moeda de medição do banco é o Dólar americano (US$).  
        O relatório aponta ainda que o Brasil tem cerca de 3 milhões de pessoas entre os 10% mais ricos do mundo, e 184 mil pessoas entre os 1% mais ricos do globo. Porém, ainda assim, o Brasil possui uma parcela maior de sua população com menos de US$10 mil do que a média observada no mundo como um todo (74% no Brasil contra 64% na média global), resultado do alto nível de desigualdade do país segundo o banco criador do relatório. O banco estima que o 1% mais rico entre os brasileiros detenham 43% da riqueza das famílias do Brasil.
        Entre os países analisados, o Brasil foi o que mais perdeu riqueza de 2017 para 2018 (US$380 bilhões), seguido pela Turquia e Argentina (ambos com uma perda de US$130 bilhões). No entanto, essa perda também foi, principalmente, influenciada pela desvalorização cambial do Real frente ao Dólar.
        Bom. Essa matéria com certeza desperta uma reflexão por parte do leitor sobre a eficácia das medidas cambiais tomadas pelo Governo no último ano e sobre a proporcionalidade da distribuição de renda no país. Fica a dúvida: será que não tem algo errado nas decisões governamentais para que o Brasil tenha sido o país que mais perdeu riqueza de 2017 para cá? E será que não seria melhor se o 1% das pessoas mais ricas do Brasil soltasse mais esse dinheiro através de investimentos em diversas áreas? Enquanto isso não acontece, nos basta amargar tais números negativos.
        A notícia na íntegra pode ser acessada pelo link a seguir: Brasil 'perdeu' 36 mil milionários em 2018, diz relatório.

  

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Inflação de agosto foi a menor para o mês em duas décadas


A inflação no Brasil foi de -0,09% em agosto, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O número veio abaixo da previsão do mercado financeiro que era de inflação zero no mês, segundo o último Boletim Focus do Banco Central. Foi a menor taxa para agosto desde 1998, quando registrou -0,51%.
O acumulado da inflação nos últimos 12 meses está em 4,19%, ainda abaixo da meta de inflação para o ano que é de 4,5% com tolerância de dois pontos percentuais para baixo (2,5%) ou para cima (6,5%). Já o acumulado no ano de 2018 até agora é de 2,85%, acima do 1,62% no mesmo período de 2017.
Houve deflação pelo segundo mês consecutivo no grupo de Alimentação e Bebidas, de longe aquele com maior peso no índice. Os preços também caíram no grupo de Transportes, em contrapartida, o maior impacto individual negativo do mês veio das passagens aéreas. Os combustíveis caíram -1,86% em média, incluindo queda de 4,69% no etanol e de 1,45% na gasolina. O maior impacto individual positivo do mês foi a energia elétrica.



terça-feira, 2 de outubro de 2018

Propostas econômicas dos presidenciáveis


Álvaro Dias (Podemos)
·         Criar pelo menos 10 milhões de empregos.
·         Isentar do Imposto de Renda quem recebe até R$ 5 mil por mês.
·         Adotar um modelo no qual as bases do tripé macroeconômico (regime de metas de inflação, câmbio flutuante e cumprimento da meta fiscal) sejam restauradas e se garanta a independência do Banco Central para definição da política monetária.
·         Pôr em prática um corte linear de 10% das despesas, que eliminaria o déficit primário no primeiro ano.
·         Realizar uma auditoria da dívida pública.
·         Fazer uma reforma da Previdência, adotando um sistema de capitalização, e cobrar dívidas previdenciárias de grandes empresas.
·         Incentivar setores que podem gerar emprego, como o energético, o ambiental, o agronegócio, o turismo e a construção civil.

Cabo Daciolo (Patriota)
·         “Transformar a colônia brasileira em nação brasileira”.
·          “Capacitar e preparar a mão de obra. A partir daí, baixo os juros, retiro impostos e isso vai oxigenar o país. Automaticamente, o mercado vai se abrir e nós vamos empregar esse povo”.
·         Fazer uma auditoria na dívida pública.
·         “Pegar a fundo os sonegadores, porque nós temos 400 bilhões de sonegadores”.
·         Reduzir a taxa de juros, reduzir a carga tributária, reduzir a despesa pública.
·         Pavimentar 100% das rodovias federais.
·         Ampliar a quantidade de vias férreas para 150 mil quilômetros e ampliar as hidrovias para desafogar a malha rodoviária e estimular o desenvolvimento econômico.


Ciro Gomes (PDT)
·         Criar o programa Nome Limpo, para ajudar a limpar o nome de 63 milhões de pessoas no SPC e Serasa (cadastros de pessoas inadimplentes), que assumiram dívidas até 20 de julho de 2018. Isso seria feito através da renegociação, descontando multas e correções.
·         Gerar 2 milhões de empregos no primeiro ano de governo. Para isso, implementar um plano emergencial de geração de emprego, que inclui a retomada de obras que estão paradas (como a Transposição do São Francisco) e o investimento em obras de saneamento básico e na construção de moradias populares.
·         Reindustrializar o Brasil, para o país voltar a crescer e gerar mais empregos.
·         Adotar medidas para aumentar a competição entre bancos e reduzir juros. "Eu vou quebrar o cartel dos bancos".
·         Reduzir impostos que recaem sobre pobres e classe média. Aumentar impostos para mais ricos, recriando o Imposto de Renda sobre lucros e dividendos e alterando alíquotas do imposto sobre herança e doações.
·         Acertar as contas do governo. Para isso, fazer uma reforma da Previdência, reduzir despesas, mudar a composição da carga tributária, baixar a taxa de juros e tornar a taxa de câmbio competitiva.
·         Implementar políticas de inovação e estímulo ao investimento em quatro grandes setores, cujos insumos o Brasil importa: agricultura, óleo, gás e biocombustíveis, defesa e saúde.
·         Revogar negociação de venda da Embraer para a Boeing.

Fernando Haddad (PT)
·         Implementar medidas emergenciais para sair da crise, como redução dos juros, criação de linhas de crédito com juros e prazo acessíveis com foco nas famílias, criação de um Plano Emergencial de Empregos com foco na juventude e retomada de obras paralisadas e do Programa Minha Casa Minha Vida.
·         Criar a Política Nacional de Desenvolvimento Regional e Territorial, para interiorizar atividade econômica.
·         Isentar do Imposto de Renda de Pessoa Física quem ganha até 5 salários mínimos e criar faixas de contribuição maiores para os mais ricos.
·         Tributar grandes movimentações financeiras, distribuição de lucros e dividendo e grandes patrimônios.
·         Adotar regras para controlar a entrada de capital especulativo no Brasil e inibir a volatilidade do câmbio.
·         Promover uma reforma bancária, adotando uma tributação progressiva sobre os bancos, com alíquotas reduzidas para os que oferecerem crédito a custo menor e com prazos mais longos.
·         Estimular a reindustrialização. Para isso, bancos públicos devem assumir papel importante no financiamento.

Geraldo Alckmin (PSDB)
·         Privatizar empresas estatais, para liberar recursos e aumentar a eficiência.
·         Eliminar o déficit público em dois anos.
·         Fazer a reforma da Previdência, criando um sistema único de aposentadoria para os setores público e privado.
·         Priorizar políticas que permitam às regiões Norte e Nordeste desenvolver plenamente as suas potencialidades em áreas como energias renováveis, turismo, indústria, agricultura e economia criativa.
·         Abrir a economia e fazer com que o comércio exterior represente 50% do PIB.
·         Dar prioridade aos investimentos em infraestrutura, em parceria com a iniciativa privada.

Guilherme Boulos (PSOL)
·         Criar um programa de obras públicas, que irá expandir investimentos públicos em mobilidade urbana, moradia, saneamento básico e recursos hídricos, sistema de saúde, energias renováveis.
·         Enfrentar o “bolsa banqueiro” e o “bolsa empresário”.
·         Fazer uma profunda reforma tributária. Atualizar a tabela do Imposto de Renda, reduzindo o imposto para trabalhadores e para classe média e aumentando alíquota para super-ricos. Além disso, tributar lucro e dividendo, taxar grandes fortunas e aumentar alíquota de imposto sobre grandes heranças.
·         Fortalecer empresas públicas. Reverter privatizações e retomar o controle nacional da Embraer. Contra a privatização da Petrobras.
·         Criar o programa Levanta Brasil, com investimentos públicos em infraestrutura, saúde, educação e segurança.
·         Contra a adoção de um regime de capitalização para a Previdência.

 Henrique Meirelles (MDB)
·         Criar 10 milhões de empregos em 4 anos.
·         Fazer o país crescer 4% ao ano.
·         Fazer mais privatizações de empresas públicas. “Privatizar é uma prioridade”.
·         Facilitar a inserção dos jovens no mercado de trabalho, expandindo a oferta de vagas no ensino técnico e incentivando o primeiro emprego.
·         Terminar obras públicas paralisadas.

Jair Bolsonaro (PSL)
·         Deixar para trás o comunismo e o socialismo e praticar o livre mercado.
·         Criar uma nova carteira de trabalho verde e amarela, em que o contrato individual prevaleça sobre a CLT. Os novos trabalhadores poderão optar, de forma voluntária, por um vínculo empregatício baseado na nova carteira de trabalho ou na tradicional (azul). Além disso, defende uma outra versão da CLT para o trabalhador rural. “O homem do campo não pode parar no Carnaval, sábado, domingo e feriado. A planta ali vai estragar”.
·         Reduzir em 20% o volume da dívida pública por meio de privatizações, concessões, venda de propriedades imobiliárias da União.
·         Criar o Ministério da Economia, que abarcará funções hoje desempenhadas pelos Ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio, bem como a Secretaria Executiva do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos).
·         Eliminar o déficit público primário no primeiro ano de governo e convertê-lo em superávit no segundo ano.
·         Criar o Balcão Único, que centralizará todos os procedimentos para abertura e fechamento de empresas.
·         Defende privatizações. No caso da Petrobras, admite a privatização "se não tiver uma solução" a respeito da política de preço dos combustíveis. "Temos que ter um combustível com preço compatível". É contra a privatização do Banco do Brasil, Caixa Econômica.
·         Defende redução de impostos, é contra taxação de grandes fortunas e heranças e contra novas tributações a empresários.
·         Extinguir o Ministério das Cidades e "mandar o dinheiro diretamente para o município".
·         Tornar o Brasil um centro mundial de pesquisa e desenvolvimento em grafeno e nióbio.

João Amôedo (Novo)
·         Equilibrar as contas públicas com corte de gastos, privilégios, privatizações, revisão de desonerações.
·         Privatizar empresas públicas, como Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal.
·         Tributar menos o consumo (por exemplo, impostos embutidos nos preços de compra). Não aumentar a tributação sobre a renda. É contra a taxação de grandes fortunas.
·         Defende a autonomia do Banco Central. Para isso, pretende criar um mandato de quatro anos para o presidente do órgão, renováveis por mais quatro, começando no meio do mandato do presidente da República.
·         Descentralizar a gestão dos recursos públicos, dando mais autonomia para Estados e municípios.
·         Modernizar as relações de trabalho.
·         Contra a política de valorização do salário mínimo por decreto do governo. Defende que os salários sejam aumentados por uma política de aumento da produtividade.

João Goulart Filho (PPL)
·         Dobrar o salário mínimo em quatro anos. Para 2019, aumentar o salário mínimo em 20%.
·         Criar 20 milhões de empregos em quatro anos.
·         Não fazer a reforma da Previdência. Em vez disso, cobrar as dívidas devidas à Previdência.
·         Paralisar os processos de privatização de empresas estatais em curso.
·         Promover o adensamento das linhas de metrô nos principais centros urbanos. Para isso, será criada uma empresa estatal nacional, a Metrobrás.
·         Aumentar investimentos públicos.
·         Promover uma reforma tributária, que elimine impostos indiretos e taxe a renda e a propriedade "dos grandes e não o salário dos pequenos”.
·         Usar bancos públicos como BNDES para fomentar pequenas e médias empresas, em vez de financiar multinacionais.
·         Dar prioridade à agricultura familiar, promovendo reforma agrária e oferecendo assistência técnica.

José Maria Eymael (DC)
·         Diminuir o custo do crédito ao setor produtivo.
·         Incentivar a construção civil, através de política tributária específica e políticas de desenvolvimento urbano e saneamento básico.
·         Apoiar o empreendedorismo e a criação de micro, pequenas e médias empresas.
·         Estimular a instalação de polos de desenvolvimento em parceria com governos estaduais.
·         Apoiar e incentivar o turismo.
·         Valorizar o agronegócio e apoiar os pequenos e médios produtores rurais.

Marina Silva (Rede)
·         Controlar os gastos públicos, não permitindo que aumentem acima do limite de 50% do crescimento do PIB.
·         Revisar a reforma trabalhista de Michel Temer, removendo a possibilidade de trabalho de gestantes e lactantes em locais insalubres e o pagamento de honorários advocatícios por quem perder ação judicial.
·         Não elevar a carga tributária. “A carga tributária atingiu o seu ponto máximo e não pode ser elevada”. Adotar tributação sobre dividendos com redução simultânea do IRPJ (Imposto de Renda sobre Pessoas Jurídicas). Elevar da alíquota do imposto sobre herança.
·         Acabar com a “bolsa empresário” — subsídios para grandes empresas. Revisar as renúncias fiscais e suspender a criação de Refis
·         Analisar a privatização de empresas estatais. Não privatizar a Petrobrás, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.
·         Criar uma instância de governo para atrair o setor privado para atuar no setor de infraestrutura.

Vera Lúcia (PSTU)
·         Reduzir a jornada de trabalho sem redução dos salários.
·         Implementar o salário mínimo calculado pelo Dieese — em janeiro de 2018, o valor seria de R$ 3.752.
·         Implementar planos de obras públicas para gerar emprego e resolver problemas estruturais.
·         Reestatizar, sem indenização e sob controle dos trabalhadores, todas as estatais privatizadas. Estatizar as 100 maiores empresas, também sob controle dos trabalhadores.
·         Nacionalizar e estatizar, sem indenização e sob controle dos trabalhadores, todo o sistema financeiro.
·         Nacionalizar e expropriar o latifúndio.
·         Acabar com incentivos fiscais tanto para empresas nacionais como multinacionais.
·         Criar um plano de obras públicas.

Para ler mais propostas dos presidenciáveis sobre este e outros temas, acesse: