terça-feira, 2 de outubro de 2018

Propostas econômicas dos presidenciáveis


Álvaro Dias (Podemos)
·         Criar pelo menos 10 milhões de empregos.
·         Isentar do Imposto de Renda quem recebe até R$ 5 mil por mês.
·         Adotar um modelo no qual as bases do tripé macroeconômico (regime de metas de inflação, câmbio flutuante e cumprimento da meta fiscal) sejam restauradas e se garanta a independência do Banco Central para definição da política monetária.
·         Pôr em prática um corte linear de 10% das despesas, que eliminaria o déficit primário no primeiro ano.
·         Realizar uma auditoria da dívida pública.
·         Fazer uma reforma da Previdência, adotando um sistema de capitalização, e cobrar dívidas previdenciárias de grandes empresas.
·         Incentivar setores que podem gerar emprego, como o energético, o ambiental, o agronegócio, o turismo e a construção civil.

Cabo Daciolo (Patriota)
·         “Transformar a colônia brasileira em nação brasileira”.
·          “Capacitar e preparar a mão de obra. A partir daí, baixo os juros, retiro impostos e isso vai oxigenar o país. Automaticamente, o mercado vai se abrir e nós vamos empregar esse povo”.
·         Fazer uma auditoria na dívida pública.
·         “Pegar a fundo os sonegadores, porque nós temos 400 bilhões de sonegadores”.
·         Reduzir a taxa de juros, reduzir a carga tributária, reduzir a despesa pública.
·         Pavimentar 100% das rodovias federais.
·         Ampliar a quantidade de vias férreas para 150 mil quilômetros e ampliar as hidrovias para desafogar a malha rodoviária e estimular o desenvolvimento econômico.


Ciro Gomes (PDT)
·         Criar o programa Nome Limpo, para ajudar a limpar o nome de 63 milhões de pessoas no SPC e Serasa (cadastros de pessoas inadimplentes), que assumiram dívidas até 20 de julho de 2018. Isso seria feito através da renegociação, descontando multas e correções.
·         Gerar 2 milhões de empregos no primeiro ano de governo. Para isso, implementar um plano emergencial de geração de emprego, que inclui a retomada de obras que estão paradas (como a Transposição do São Francisco) e o investimento em obras de saneamento básico e na construção de moradias populares.
·         Reindustrializar o Brasil, para o país voltar a crescer e gerar mais empregos.
·         Adotar medidas para aumentar a competição entre bancos e reduzir juros. "Eu vou quebrar o cartel dos bancos".
·         Reduzir impostos que recaem sobre pobres e classe média. Aumentar impostos para mais ricos, recriando o Imposto de Renda sobre lucros e dividendos e alterando alíquotas do imposto sobre herança e doações.
·         Acertar as contas do governo. Para isso, fazer uma reforma da Previdência, reduzir despesas, mudar a composição da carga tributária, baixar a taxa de juros e tornar a taxa de câmbio competitiva.
·         Implementar políticas de inovação e estímulo ao investimento em quatro grandes setores, cujos insumos o Brasil importa: agricultura, óleo, gás e biocombustíveis, defesa e saúde.
·         Revogar negociação de venda da Embraer para a Boeing.

Fernando Haddad (PT)
·         Implementar medidas emergenciais para sair da crise, como redução dos juros, criação de linhas de crédito com juros e prazo acessíveis com foco nas famílias, criação de um Plano Emergencial de Empregos com foco na juventude e retomada de obras paralisadas e do Programa Minha Casa Minha Vida.
·         Criar a Política Nacional de Desenvolvimento Regional e Territorial, para interiorizar atividade econômica.
·         Isentar do Imposto de Renda de Pessoa Física quem ganha até 5 salários mínimos e criar faixas de contribuição maiores para os mais ricos.
·         Tributar grandes movimentações financeiras, distribuição de lucros e dividendo e grandes patrimônios.
·         Adotar regras para controlar a entrada de capital especulativo no Brasil e inibir a volatilidade do câmbio.
·         Promover uma reforma bancária, adotando uma tributação progressiva sobre os bancos, com alíquotas reduzidas para os que oferecerem crédito a custo menor e com prazos mais longos.
·         Estimular a reindustrialização. Para isso, bancos públicos devem assumir papel importante no financiamento.

Geraldo Alckmin (PSDB)
·         Privatizar empresas estatais, para liberar recursos e aumentar a eficiência.
·         Eliminar o déficit público em dois anos.
·         Fazer a reforma da Previdência, criando um sistema único de aposentadoria para os setores público e privado.
·         Priorizar políticas que permitam às regiões Norte e Nordeste desenvolver plenamente as suas potencialidades em áreas como energias renováveis, turismo, indústria, agricultura e economia criativa.
·         Abrir a economia e fazer com que o comércio exterior represente 50% do PIB.
·         Dar prioridade aos investimentos em infraestrutura, em parceria com a iniciativa privada.

Guilherme Boulos (PSOL)
·         Criar um programa de obras públicas, que irá expandir investimentos públicos em mobilidade urbana, moradia, saneamento básico e recursos hídricos, sistema de saúde, energias renováveis.
·         Enfrentar o “bolsa banqueiro” e o “bolsa empresário”.
·         Fazer uma profunda reforma tributária. Atualizar a tabela do Imposto de Renda, reduzindo o imposto para trabalhadores e para classe média e aumentando alíquota para super-ricos. Além disso, tributar lucro e dividendo, taxar grandes fortunas e aumentar alíquota de imposto sobre grandes heranças.
·         Fortalecer empresas públicas. Reverter privatizações e retomar o controle nacional da Embraer. Contra a privatização da Petrobras.
·         Criar o programa Levanta Brasil, com investimentos públicos em infraestrutura, saúde, educação e segurança.
·         Contra a adoção de um regime de capitalização para a Previdência.

 Henrique Meirelles (MDB)
·         Criar 10 milhões de empregos em 4 anos.
·         Fazer o país crescer 4% ao ano.
·         Fazer mais privatizações de empresas públicas. “Privatizar é uma prioridade”.
·         Facilitar a inserção dos jovens no mercado de trabalho, expandindo a oferta de vagas no ensino técnico e incentivando o primeiro emprego.
·         Terminar obras públicas paralisadas.

Jair Bolsonaro (PSL)
·         Deixar para trás o comunismo e o socialismo e praticar o livre mercado.
·         Criar uma nova carteira de trabalho verde e amarela, em que o contrato individual prevaleça sobre a CLT. Os novos trabalhadores poderão optar, de forma voluntária, por um vínculo empregatício baseado na nova carteira de trabalho ou na tradicional (azul). Além disso, defende uma outra versão da CLT para o trabalhador rural. “O homem do campo não pode parar no Carnaval, sábado, domingo e feriado. A planta ali vai estragar”.
·         Reduzir em 20% o volume da dívida pública por meio de privatizações, concessões, venda de propriedades imobiliárias da União.
·         Criar o Ministério da Economia, que abarcará funções hoje desempenhadas pelos Ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio, bem como a Secretaria Executiva do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos).
·         Eliminar o déficit público primário no primeiro ano de governo e convertê-lo em superávit no segundo ano.
·         Criar o Balcão Único, que centralizará todos os procedimentos para abertura e fechamento de empresas.
·         Defende privatizações. No caso da Petrobras, admite a privatização "se não tiver uma solução" a respeito da política de preço dos combustíveis. "Temos que ter um combustível com preço compatível". É contra a privatização do Banco do Brasil, Caixa Econômica.
·         Defende redução de impostos, é contra taxação de grandes fortunas e heranças e contra novas tributações a empresários.
·         Extinguir o Ministério das Cidades e "mandar o dinheiro diretamente para o município".
·         Tornar o Brasil um centro mundial de pesquisa e desenvolvimento em grafeno e nióbio.

João Amôedo (Novo)
·         Equilibrar as contas públicas com corte de gastos, privilégios, privatizações, revisão de desonerações.
·         Privatizar empresas públicas, como Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal.
·         Tributar menos o consumo (por exemplo, impostos embutidos nos preços de compra). Não aumentar a tributação sobre a renda. É contra a taxação de grandes fortunas.
·         Defende a autonomia do Banco Central. Para isso, pretende criar um mandato de quatro anos para o presidente do órgão, renováveis por mais quatro, começando no meio do mandato do presidente da República.
·         Descentralizar a gestão dos recursos públicos, dando mais autonomia para Estados e municípios.
·         Modernizar as relações de trabalho.
·         Contra a política de valorização do salário mínimo por decreto do governo. Defende que os salários sejam aumentados por uma política de aumento da produtividade.

João Goulart Filho (PPL)
·         Dobrar o salário mínimo em quatro anos. Para 2019, aumentar o salário mínimo em 20%.
·         Criar 20 milhões de empregos em quatro anos.
·         Não fazer a reforma da Previdência. Em vez disso, cobrar as dívidas devidas à Previdência.
·         Paralisar os processos de privatização de empresas estatais em curso.
·         Promover o adensamento das linhas de metrô nos principais centros urbanos. Para isso, será criada uma empresa estatal nacional, a Metrobrás.
·         Aumentar investimentos públicos.
·         Promover uma reforma tributária, que elimine impostos indiretos e taxe a renda e a propriedade "dos grandes e não o salário dos pequenos”.
·         Usar bancos públicos como BNDES para fomentar pequenas e médias empresas, em vez de financiar multinacionais.
·         Dar prioridade à agricultura familiar, promovendo reforma agrária e oferecendo assistência técnica.

José Maria Eymael (DC)
·         Diminuir o custo do crédito ao setor produtivo.
·         Incentivar a construção civil, através de política tributária específica e políticas de desenvolvimento urbano e saneamento básico.
·         Apoiar o empreendedorismo e a criação de micro, pequenas e médias empresas.
·         Estimular a instalação de polos de desenvolvimento em parceria com governos estaduais.
·         Apoiar e incentivar o turismo.
·         Valorizar o agronegócio e apoiar os pequenos e médios produtores rurais.

Marina Silva (Rede)
·         Controlar os gastos públicos, não permitindo que aumentem acima do limite de 50% do crescimento do PIB.
·         Revisar a reforma trabalhista de Michel Temer, removendo a possibilidade de trabalho de gestantes e lactantes em locais insalubres e o pagamento de honorários advocatícios por quem perder ação judicial.
·         Não elevar a carga tributária. “A carga tributária atingiu o seu ponto máximo e não pode ser elevada”. Adotar tributação sobre dividendos com redução simultânea do IRPJ (Imposto de Renda sobre Pessoas Jurídicas). Elevar da alíquota do imposto sobre herança.
·         Acabar com a “bolsa empresário” — subsídios para grandes empresas. Revisar as renúncias fiscais e suspender a criação de Refis
·         Analisar a privatização de empresas estatais. Não privatizar a Petrobrás, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.
·         Criar uma instância de governo para atrair o setor privado para atuar no setor de infraestrutura.

Vera Lúcia (PSTU)
·         Reduzir a jornada de trabalho sem redução dos salários.
·         Implementar o salário mínimo calculado pelo Dieese — em janeiro de 2018, o valor seria de R$ 3.752.
·         Implementar planos de obras públicas para gerar emprego e resolver problemas estruturais.
·         Reestatizar, sem indenização e sob controle dos trabalhadores, todas as estatais privatizadas. Estatizar as 100 maiores empresas, também sob controle dos trabalhadores.
·         Nacionalizar e estatizar, sem indenização e sob controle dos trabalhadores, todo o sistema financeiro.
·         Nacionalizar e expropriar o latifúndio.
·         Acabar com incentivos fiscais tanto para empresas nacionais como multinacionais.
·         Criar um plano de obras públicas.

Para ler mais propostas dos presidenciáveis sobre este e outros temas, acesse: 


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