terça-feira, 23 de abril de 2019

Consumo de energia elétrica: um exemplo de demanda elástica

        Segundo matéria publicada pelo site 'Canal Energia' na última semana, a agência de classificação de ratings Fitch estima que o PLD (Preço de Liquidação das Diferenças) e o GSF (sigla utilizada para se referir ao risco hidrológico) devem ficar no mesmo patamar dos últimos dois anos, situação que não preocupa muito as companhias elétricas já que, como tal situação já vem sendo enfrentada há algum tempo, as mesmas já estão acostumadas a lidar com essa situação de maior pressão.
        Porém, o que realmente chama atenção para nós aqui do Blog ECO034 é a questão da elasticidade-renda da demanda no setor de energia elétrica. Apesar de se prever uma elevação do PIB entre 2,1% e 2,7% para os dois próximos anos, como dito pelo analista sênior da agência, Wellington Senter, a expectativa de aumento na demanda por energia elétrica é de 3%. Isso porque, como será visto na aula dessa semana pelos alunos da disciplina Economia da Universidade Federa de Juiz de Fora, a demanda por determinado bem ou serviço pode variar desproporcionalmente quando comparada à uma mudança de preço do produto ou serviço ou à variação da renda das famílias (a qual é esperada nesse caso).
        Logo, nesse caso, conclui-se que a elasticidade-renda da demanda do consumidor brasileiro no mercado de energia elétrica é elástica, com valor de aproximadamente de 1,3 (vide fórmula na apostila da disciplina), pois, apesar de ser esperado um acréscimo na renda do cidadão brasileiro, o acréscimo no consumo de energia elétrica esperado é ainda maior proporcionalmente.
        Para ler mais sobre o caso apresentado, acesse PLD e GSF devem ficar no mesmo patamar dos dois últimos anos, aponta Fitch


 

terça-feira, 16 de abril de 2019

Monopólio: um exemplo prático

 Como já discutido na matéria de economia(ECO034) existem diversos tipos de estruturas de mercado. O monopólio é quando apenas uma empresa atua no setor exercendo controle total dos preços e da oferta, além do que, o produto ofertado não possui substitutos próximos. No Brasil, um exemplo prático de um monopólio é o mercado de petróleo, sendo a Petrobras a única empresa responsável por esse produto tão essencial para diversos setores da economia moderna.
Desde o governo Temer, a Petrobras tem utilizado uma política de preços que segue como base o preço internacional do barril de petróleo e por consequência o aumento deste tende a ser repassado para o consumidor. Essa política foi adotada visando diminuir os prejuízos da empresa devido a política anterior de manter os preços artificialmente baixos fazendo com que a elevação do preço do petróleo internacional fosse arcado pela empresa e não pelo consumidor.
No entanto, com a interferência do presidente da república sobre o valor do diesel, a política de preços da Petrobras fica agora sem uma direção clara.
Para ler mais sobre o assunto acesse :


terça-feira, 9 de abril de 2019

Carro zero: por que sua desvalorização é tão elevada?

        Com certeza muitos já ouviram falar que um carro zero, assim que sai da concessionária, perde uma parcela considerável de seu valor de mercado, e isso é uma crença real. De fato, em média um veículo novo ao ser vendido perde cerca de 10% de seu valor de mercado logo após sua primeira venda. Mas o que muitos não sabem é o por que de tal situação ocorrer.
        Bom... existem diversos fatores que contribuem para essa desvalorização elevada no ato da compra de um veículo zero quilômetro, e, nessa postagem, tentar-se-á enumerar os principais:

1 - Expectativa da vida útil do veículo
     
        Do momento em que um veículo sai da linha de produção, seu tempo de vida começa a ser contabilizado e todos sabemos que um veículo, com os costumes de preservação dos brasileiros, possui um tempo limitado. Logo, assim que o veículo é entregue ao seu proprietário, ele passa a sofrer a utilização do modo que o mesmo foi ensinado (ou não) a fazê-la. Daí, cria-se uma desconfiança mesmo que inconsciente de um suposto próximo proprietário desse veículo de como o primeiro dono cuidou do mesmo e em quanto essa utilização afetou sua vida útil.

2 - Garantia do fabricante:

        O tempo de garantia que um fabricante dá para um veículo varia de marca pra marca e até mesmo de carro pra carro, mesmo que sejam da mesma fabricante. O tempo varia em média de 2 a 5 anos de garantia, tempo relativamente baixo perto do tempo de vida útil que um veículo costuma ter. Porém, após esse período, verifica-se também uma elevada desvalorização no preço do veículo, em taxa bem maior do que de carros seminovos que já passaram do tempo de garantia.

3 - Cor e acessórios:

        Gosto cada um tem um, e, caso determinada pessoa tenha preferência pela cor verde ao comprar um carro zero, ela com certeza terá mais dificuldade em vender esse carro pelo 'preço de tabela' após a compra do mesmo, mesmo ele tendo custado o mesmo preço (ou até mais em caso de pinturas metálicas, perolizadas, etc.) de outros carros de mesmo modelo porém de cores mais comuns (preto, prata e branco). Além disso, veículos com acessórios diferenciados (teto solar, bancos de couro, etc) tendem a ter uma taxa de perda de valor ainda maior, já que o comprador de carros seminovos tendem a pagar 'tabela' no carro, independente desse ter ou não opcionais.

        Para ler mais sobre o assunto, acesse Desvalorização do carro zero: o que acontece ao sair da concessionária?