Ontem (13/09), a PF (Polícia Federal) cumpriu um mandato de prisão ao CEO (Chefe Executivo de Ofício) da JBS, Wesley Batista, cumprindo ordem da Justiça Federal de São Paulo que acusou Wesley e seu irmão, Joesley Batista, de manipulação do mercado financeiro por saberem o que ocorreria no mesmo após a delação premiada de Joesley. Porém, antes de explicarmos o por que das investigações terem chegado a essa conclusão, você precisa entender como funciona o mercado financeiro.
O mercado financeiro é, por definição, um ambiente de compra e venda de valores mobiliários (ações, opções, títulos), câmbio (moedas estrangeiras) e mercadorias (ouro, produtos agrícolas). Nessa negociações, estão envolvidas diversas instituições, que facilitam o encontro entre agentes e regulam e fiscalizam as transações. Nele, o investidor é aquele que dispõe de dinheiro sobrando e que deseja multiplicá-lo, comprando ações de determiada empresa quando acham que as mesmas se valorizarão para futura revenda (ou o contrário), comprando moedas que os mesmos acreditam que sofrerão valorização para futura revenda (ou o contrário), dentre outras ações possíveis.
Portanto, a tese da PF é que os irmãos Batista sabiam que quando o acordo de delação premiada viesse à tona, as ações da JBS iriam se desvalorizar. Além disso, previam que as acusações envolvendo o presidente da República e outros políticos diminuiriam a confiança do mercado, aumentando a aversão ao risco — o que faz cair os preços dos papéis das empresas brasileiras listadas na bolsa e aumenta a procura por dólar, valorizando a moeda americana.
No mercado de câmbio, eles atuaram comprando contratos futuros de dólar, posicionando-se para lucrar com a valorização da moeda americana. Isso teria beneficiado tanto os irmãos Batista quanto a própria JBS.
A notícia da prisão de Wesley Batista com informações complementares de sua justificativa pode ser acessada pelo link a seguir
Entenda a denúncia que levou à prisão de Wesley Batista, presidente da JBS
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