terça-feira, 22 de outubro de 2019

PIB e PNB: saiba diferenciá-los

        Sempre que se pensa em um indicador de crescimento do Brasil, o PIB (Produto Interno Bruto), para muitos, é a primeira sigla a se vir na cabeça. Muitos ficam torcendo para que no fim do ano os jornais estejam eufóricos, contando o quão positivo foi o crescimento do PIB naquele ano. O que muitos não sabem dizer é o que significa PNB significa. Pois, já adiantando, fiquem sabendo que é o indicador de crescimento utilizado pelas maiorias dos países desenvolvidos, como Inglaterra, EUA, dentre outros.
        Diferentemente de o que se é considerado na medida do PIB, exclui-se da conta do Produto Nacional Bruto a Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLEE), ou seja, aquilo que uma empresa ou uma pessoa de outro país do mundo produzem dentro do território a estar sendo considerado, quando uma parcela dessa renda é mandado para o país de origem da empresa ou da pessoa, essa parcela é subtraída do valor do PIB desse país.
        Sabe-se que o PIB é tudo aquilo que é produzido em determinado território durante um intervalo de tempo considerado (mês, trimestre, ano, dentre outros), logo, o PNB pode ser definido como tudo o que é produzido em determinado território durante um período de tempo considerado excluindo-se o que as empresas filiais mandam para suas sedes e o que estrangeiros mandam para seus familiares, amigos ou qualquer outro cidadão do seu país de origem. Matematicamente, o PIB e o PNB podem ser relacionados como segue:

PIB = PNB + RLEE.

        Porém, talvez você esteja se perguntando: por que o Brasil utiliza o PIB como indicador de crescimento e países como Inglaterra e EUA utilizam o PNB? A resposta pode ser verificada acessando-se o link Produto Nacional Bruto (PNB).


sábado, 5 de outubro de 2019

Economia de Dubai: o paraíso também está sujeito à crise?

        Quando se pensa em Dubai, logo se vem na mente a imagem de arranha-céus gigantes, ilhas artificias, carros exóticos e xeiques bilionários com seus tigres de estimação e lanchas. Isso porque a cidade virou uma riquíssima metrópole em poucos anos, como pode ser visto num timelapse feito a partir de imagens tiradas de um satélite, a partir de uma mudança de estratégia dos Emirados Árabes Unidos em ter o turismo e ramos comerciais distintos como fonte de renda para o país, visto a iminente secagem dos poços de petróleo da região.
        Iniciou-se, pois, uma gigante injeção de capital para a possibilitação dessa estratégia econômica para a região. Porém, será que mesmo uma região de grandes riquezas e renome como Dubai está imune à crises econômicas? A resposta é: não! Até mesmo países com as 'costas quentes' podem ter surpresas econômicas desprazerosas, visto a grande conectividade da economia mundial atual e a dinamicidade do mercado econômico.
        Por exemplo,em Dubai, percebeu-se uma diminuição das transações imobiliárias de R$60 bi, que representa 21,5% de toda a receita gerada por essas transações entre os anos de 2017 e 2018. Além disso, o número de turistas à cidade ficou estagnado em 16 milhões nesse mesmo período.
        Para a Capital Economie, consultoria com sede em Londres, Dubai é sensível às tensões comerciais mundiais, à desaceleração regional e à recessão do Irã como consequências das sanções aplicadas pelo governo dos EUA.
        Mais informações podem ser vistas na notícia ''Dubai se esforça para redirecionar sua economia e atrair investimentos estrangeiros''.


domingo, 22 de setembro de 2019

Um Novo Choque do Petróleo.

O ataque a uma refinaria na Arábia Saudita no último sábado causou pânico nos mercados da commoditie. Este causou uma redução de 5,7 milhões de barris por dia ou mais 5% do suprimento mundial e devido a isso, o preço do petróleo teve a maior alta diária desde a Guerra do Golfo.
O ataque foi realizado por um grupo de rebeldes iemenitas que  supostamente recebem apoio do Irã. Causando assim mais instabilidade e aumento a tensão entre os as duas principais potência locais(Irã e Arábia Saudita). O ataque foi motivado pela fato da Arábia Saudita liderar uma coalizão que apoia o governo do Iêmen na lutra contra o grupo rebelde. 
No Brasil, uma possível consequência pode ser o aumento do preço dos combustíveis já que a Petrobras adota uma política de preços atrelada ao preços internacionais do petróleo. Além do que, com o aumento do preço da commoditie  não só há um aumento da arrecadação por parte do governo como também ganhos maiores com os royalties. Ademais, um aumento da incerteza na produção mundial pode aumentar a atratividade pelo leilões do pré-sal que serão feitos até o final do ano.
Para saber mais clique aqui.

domingo, 15 de setembro de 2019

Monopólio: muito bom para poucos e ruim para muitos

        É de ciência da maior parte das pessoas que o monopólio se trata de uma estrutura de mercado na qual uma única empresa domina determinado mercado, e, com isso, na maioria das vezes, consegue atingir lucros exorbitantes sem a necessidade de investir pesado em avanços tecnológicos e inovações comerciais. Muitas das vezes o monopólio é mantido pelo simples fato de não haver nenhum outro grupo com capital suficiente para iniciar um negócio de proporções que atendam a todo um grande mercado (a nível nacional, por exemplo). No entanto, é de se assustar que ainda existam mercados monopolísticos não por falta de concorrentes interessados em participar do mesmo, mas porque há LEIS que garantem à determinada empresa esse privilégio! Isso mesmo, leis que, a grosso modo, visam privilegiar determinadas empresas e que travam a possibilidade de outras prestarem serviços de maior qualidade e mais baratos à população!
        Triste, né? Pois é. Mas foi exatamente uma lei dessas (6.538/78) que foi interpretada como constitucional pelo STF na última discussão sobre a mesma, há dez anos. Caso a história tivesse sido diferente, provavelmente não teríamos visto os Correios sendo usados como fonte de dinheiro para campanhas políticas e pagamentos de propinas para diversos empresários. Isso porque, para se adaptar à concorrência, os Correiros teriam de tornar sua gestão mais eficiente para continuar tendo uma parcela dos clientes que estejam à procura de serviços postais.
        A boa notícia é que foi aberta uma discussão sobre a privatização dos Correios juntamente com o fim do monopólio do mercado de correspondências, fazendo nascer um pontinho de esperança que teremos serviços mais eficientes e mais baratos para postagens em breve. Vai que a moda pega e não acontece isso com a Petrobrás também, ein? = ) Enquanto isso, tem quem ainda apoie um mercado monopolista (aff...), no qual a população não tem a opção por produtos substitutos e há barreiras à entradas de novas firmas, como pode ser lido na notícia a seguir.

O estatismo de Dilma, a provatização dos Correios e a Amazon


sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Produtividade e Mercado Informal



No âmbito da discussão de crescimento econômico é de quase unanimidade que a produtividade tem papel central. Esta, pode ser compreendida como o quanto uma economia pode criar de valor com base em vários fatores,como emprego e estoque de capital. 
Com a estagnação da economia brasileira nos últimos anos e por consequência o crescimento do setor informal, o país apresentou queda na produtividade por trabalhador.Esse fenômeno pode ser entendido basicamente pelo número crescente de pessoas que estão subempregados,isso significa que o indivíduo exerce uma função abaixo do que seu nível de qualificação. Um exemplo prático disso é uma pessoa com nível superior que está trabalhando, devido a crise, como motorista de aplicativos.Isso é uma problema para a economia já que nesse emprego, a pessoa não está sendo tão produtiva quanto poderia e, portanto, não agrega seu valor máximo a produção nacional.
Analisando o cenário internacional o quadro é ainda pior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) durante os anos de 2011 e 2018, 78% dos países tiveram um crescimento médio da produtividade superior ao do Brasil, sendo este o pior resultado desde a década de 1950.
Para saber mais clique aqui.

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Acordo Mercosul / União Européia: opiniões diferentes

        No último dia 28 de julho o maior acordo comercial entre os dois maiores blocos econômicos da Europa e da América do Sul foi concretizado, gerando uma série de discussões, muitas delas favoráveis ao acordo firmado e outras bastante pessimistas quanto ao mesmo. Antes que esse acordo fosse concretizado, passaram-se 20 anos de discussões e ajustes de ofertas por ambas as partes até que, em Bruxelas, o acordo é assinado.
        Dentre declarações contrárias e a favor do acordo, destacamos as de uma matéria postada no blog do site Dictomia, que procura levantar temas polêmicos e coletar depoimentos de especialistas do assunto com opiniões contrárias. Nesse assunto em particular, foram coletadas declarações de Márcio Pochmann, economista, professor na Universidade de Campinas (UNICAMP); Vladimir Fernandes Maciel, economista, doutorado em Administração Pública e Governo; e Roberto Rodrigues, engenheiro agrônomo e agricultor, coordenador do Centro de Agronegócio na Escola de Agronomia de São Paulo.
        Segundo Márcio Pochmann, a União Européia (UE) terá a primazia de exportar seus produtos manufaturados de maior valor agregado, enquanto o Mercosul se especializará mais na produção de bens de menor valor agregado, que são os bens do agronegócio. Já para Vladimir Fernandes, a agroindústria seria, de fato, beneficiada em detrimentos dos setores industriais, porém, tendo em vista o princípio de vantagens corporativas, isso não seria uma questão negativa, pois se você se especializa naquilo que tem vantagem, consegue utilizar melhor os recursos a longo prazo e ter uma produção mais eficiente e ter uma cesta de consumo mais barata para os consumidores finais. Por último, segundo Roberto Rodrigues, o acordo fez-se relevante ao Brasil, principalmente por estar ausente do jogo do comércio internacional: a ALCA (Área Livre de Comércio das Américas) foi desativada, não há participação na TPP (Acordo Transpacífico de Cooperação Econômica) e não havia acordos bilateriais importantes.
        Mais informações podem ser obtidas através do link Acordo Mercosul e União Europeia


quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Taxa básica de juros brasileira atinge mínima histórica



    A taxa Selic é fundamental em vários aspectos da economia brasileiro, sendo utilizada como base para o cálculo desde o juros do cartão de crédito até o juros pagos pelo governo aos detentores da dívida pública nacional.
  Tendo isso em mente, a decisão de reduzir a taxa Selic de 6,5% para 6,% ,tomada pelo Comitê de Política Monetária(COPOM) na seu último encontro no dia 31 de julho,  é extremamente relevante para o país.Embora já antecipada pelos mercados a decisão foi comemorada por estes. É válido citar alguns impactos práticos desta decisão tais como: a redução do juros do cartão de crédito, uma possível variação positiva no consumo das famílias e a realização de novos investimentos por parte das empresas.
  Porém,como  explica o próprio COPOM a manutenção  e uma possível outro corte de juros depende de tanto fatores internos quanto externos. Das causas externas é válido citar a continuação das reformas econômicas propostas pelo governo e a expectativas de baixa inflação. Já no âmbito externo uma desaceleração da economia global e incertezas causadas principalmente pelo guerra comercial entre os EUA e a China e o Brexit.
    Para saber mais clique aqui.

quarta-feira, 3 de julho de 2019

O tratado UE-Mercosul


Depois de 20 anos de negociações, o acordo comercial entre a união europeia e o Mercosul foi firmado na ultima sexa-feira(28/6),no entanto,este ainda não entrará em voga imediatamente dependendo da aprovação do parlamento europeu e dos parlamentos nacionais dos estados membros do Mercosul. 
Alguns pontos a serem destacados são a isenção de impostos de aproximadamente 90% dos produtos transacionados  entre os dois blocos,a ampliação do grau de liberdade do comércio de serviços e a possibilidade da participação de empresas desses blocos participarem em licitações públicas nos países membros.  
Para saber mais detalhes clique aqui.

quarta-feira, 12 de junho de 2019

O contingenciamento do orçamento da Educação: uma análise mais criteriosa

        No último dia 30, foi realizada em todo o país, uma série de manifestações contrárias ao contingenciamento de parte do orçamento do Ministério da Educação proposto pelo ministro Abraham Weintraub como parte de uma estratégia do Governo de balancear as contas públicas. Nessas manifestações, não se era difícil visualizar cartazes e faixas que diziam "Não ao corte da Educação!", ou então com alguma referência a uma diminuição de 30% do orçamento de tal Ministério. Nessa postagem, a seguinte análise será realizada: será que, de fato, tais reclamações têm embasamento ou são frutos de informações tendenciosas e repassadas incriteriosamente?
        Vamos aos fatos. O princípio básico da Economia é: não se pode gastar mais do que se ganha. E isso é exatamente o que os Governos anteriores estavam fazendo, resultando na seguinte situação: hoje, o país tem R$5,268 bi e deve R$7,683 bi, ou seja, o Governo tem que economizar! Para isso, restrições devem ser adotadas em relação aos gastos públicos, contingenciando os orçamentos dos Ministérios de maior relevância (em ordem decrescente, Desenvolvimento Social, Saúde, Educação, Defesa e Trabalho). Muitos dirão "Ah, mas por que não cortam os salários dos deputadores, senadores, etc?". Logicamente, isso deve ser, sim, feito, mas não resolve o problema! Se forem somados os gastos totais do Governo com a Presidência da República, Câmara dos Deputados, Senado Federal e Supremo Tribunal Federal, o valor obtido representa pouco mais de 20% do orçamento total do Ministério 'mais barato' citado anteriormente (Trabalho).
        No entanto, voltando à análise do contingenciamento da Educação, temos uma proposta de contingenciar R$1,7 bi do orçamento de tal Ministério, sendo que o seu montante é de R$123 bi. Isso representa um impacto de 1,38%. E, explicando: é contingenciamento, não corte! Será mesmo que não dá pra ser mais eficiente e continuar fazendo o mesmo (ou, quem sabe, até mais) com 1,38% a menos? De onde tiraram 30%? A grande mídia realmente se importa com o desenvolvimento intelectual da população? Perguntas que não querem calar...
        Para subsidiar tais informações, acompanhem o raciocínio construído pelo professor da PUC-SP, Giovanni Botelho Colacicco, Orçamento do Brasil em 2019.

   

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Governo apresenta déficit em março


Como já discutido na matéria de economia (ECO034),o governo assim como as empresas e famílias possui suas despesas e sua receitas.Como demonstrado pela matéria do valor econômico,o governo federal no mês de março não consegui ganhos suficientes para suprir suas despesas,ou seja,o resultado foi um déficit. Embora se comparado com o mesmo período do ano passado o déficit tenha sido menor ainda é preocupante que as contas do governo não estejam balanceadas.
Como também já foi tratado em sala de aula,numa conjuntura econômico desfavorável como a atual uma das políticas que podem ser adotadas pelo governo é a de diminuir despesas e aumentar tributos para tentar melhorar a expectativas dos agentes econômicos principalmente no que tange à retomada do investimento.Por fim, é válido ressaltar que o componente principal para o desempenho negativo das contas públicas foram os gastos com a previdência(22,7 bilhões) demonstrando ainda necessidade de uma reforma.



sábado, 18 de maio de 2019

Inflação: a divisora de águas de políticas monetárias

     O dragão da inflação é muito temido pelos brasileiros há muitas décadas, tendo ele sido o causador de troca de moedas e que, até hoje, dita qual política monetária deve ser aplicada conforme se depare com um quadro de inflação baixa ou alta. A atual situação da mesma é de muita incerteza, sendo que é previsto um pico no curto prazo, com o ano fechando com uma inflação de 5,3%, segundo ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), divulgada na última quarta-feira (14/05).
        Por outro lado, é prevista uma diminuição da inflação para o ano de 2020, com a mesma fechando em 5,0%, apresentando um sinal, mesmo que fraco, de que a inflação deve se controlar de maneira que o Governo possa pensar em praticar políticas que visem a expansão econômica. Resumindo, o colegiado afirmou que existem fatores de risco em qualquer uma das Políticas Monetárias que se resolva aplicar, tanto a Contracionista quanto a Expansionista.
        No caso de aplicação de uma Política Monetária Expansionista, o BC afirmou que "(...) o nível de ociosidade elevado pode produzir trajetória prospectiva abaixo do esperado (...)" e, no caso de aplicação de uma Política Contracionista, afirmou que "(...) uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária.".
        Mas, o que afinal são as Políticas Monetárias Expansionista e Contracionista? A Política Monetária Contracionista é aquela que visa o controle da inflação e deve ser utilizada no caso de inflações elevadas, de modo a inibir o consumo e o investimento. Já a política Monetária Expansionista é aquela que visa o maior crescimento econômico, de maneira a estimular o consumo e o investimento. Ambas as políticas, para se conseguir atingir o resultado desejado, devem utilizar de suas ferramentas principais: o Estoque Monetário, a Reserva Compulsória e o Open Market.
        A matéria do Estado de Minas (EM), trazendo mais informações sobre os resultados divulgados na ata do último encontro do Copom, pode ser acessada através do link a seguir


Inflação em 12 meses deve atingir um pico no curto prazo, diz BC na ata   




sexta-feira, 3 de maio de 2019

Indústria fecha o mês de março no vermelho


Segundo o IBGE,  setor industrial teve resultado de -1,3% no mês de março, sendo este seu pior resultado desde setembro do ano passado. O resultado afetou negativamente o mercado pelo fato de ter sido pior do que o -0,7% previsto. Além do que, no acumulado deste ano o setor também apresenta queda de 2.2%.
Podemos destacar como possíveis fatores que explicam esse resultado o elevado nível de desemprego e a instabilidade política. O primeiro está relacionado com o baixo nível de consumo das famílias brasileiras que impactam negativamente as expectativas de vendas e, estas por sua vez fazem com que os empresários não alteram a produção de curto prazo com receio de baixa demanda. Já o segundo, afeta o investimento em capital fixo,a criação de novas plantas e a compra de maquinário por exemplo, mais relacionado a capacidade produtiva de economia brasileira no longo prazo.


terça-feira, 23 de abril de 2019

Consumo de energia elétrica: um exemplo de demanda elástica

        Segundo matéria publicada pelo site 'Canal Energia' na última semana, a agência de classificação de ratings Fitch estima que o PLD (Preço de Liquidação das Diferenças) e o GSF (sigla utilizada para se referir ao risco hidrológico) devem ficar no mesmo patamar dos últimos dois anos, situação que não preocupa muito as companhias elétricas já que, como tal situação já vem sendo enfrentada há algum tempo, as mesmas já estão acostumadas a lidar com essa situação de maior pressão.
        Porém, o que realmente chama atenção para nós aqui do Blog ECO034 é a questão da elasticidade-renda da demanda no setor de energia elétrica. Apesar de se prever uma elevação do PIB entre 2,1% e 2,7% para os dois próximos anos, como dito pelo analista sênior da agência, Wellington Senter, a expectativa de aumento na demanda por energia elétrica é de 3%. Isso porque, como será visto na aula dessa semana pelos alunos da disciplina Economia da Universidade Federa de Juiz de Fora, a demanda por determinado bem ou serviço pode variar desproporcionalmente quando comparada à uma mudança de preço do produto ou serviço ou à variação da renda das famílias (a qual é esperada nesse caso).
        Logo, nesse caso, conclui-se que a elasticidade-renda da demanda do consumidor brasileiro no mercado de energia elétrica é elástica, com valor de aproximadamente de 1,3 (vide fórmula na apostila da disciplina), pois, apesar de ser esperado um acréscimo na renda do cidadão brasileiro, o acréscimo no consumo de energia elétrica esperado é ainda maior proporcionalmente.
        Para ler mais sobre o caso apresentado, acesse PLD e GSF devem ficar no mesmo patamar dos dois últimos anos, aponta Fitch


 

terça-feira, 16 de abril de 2019

Monopólio: um exemplo prático

 Como já discutido na matéria de economia(ECO034) existem diversos tipos de estruturas de mercado. O monopólio é quando apenas uma empresa atua no setor exercendo controle total dos preços e da oferta, além do que, o produto ofertado não possui substitutos próximos. No Brasil, um exemplo prático de um monopólio é o mercado de petróleo, sendo a Petrobras a única empresa responsável por esse produto tão essencial para diversos setores da economia moderna.
Desde o governo Temer, a Petrobras tem utilizado uma política de preços que segue como base o preço internacional do barril de petróleo e por consequência o aumento deste tende a ser repassado para o consumidor. Essa política foi adotada visando diminuir os prejuízos da empresa devido a política anterior de manter os preços artificialmente baixos fazendo com que a elevação do preço do petróleo internacional fosse arcado pela empresa e não pelo consumidor.
No entanto, com a interferência do presidente da república sobre o valor do diesel, a política de preços da Petrobras fica agora sem uma direção clara.
Para ler mais sobre o assunto acesse :


terça-feira, 9 de abril de 2019

Carro zero: por que sua desvalorização é tão elevada?

        Com certeza muitos já ouviram falar que um carro zero, assim que sai da concessionária, perde uma parcela considerável de seu valor de mercado, e isso é uma crença real. De fato, em média um veículo novo ao ser vendido perde cerca de 10% de seu valor de mercado logo após sua primeira venda. Mas o que muitos não sabem é o por que de tal situação ocorrer.
        Bom... existem diversos fatores que contribuem para essa desvalorização elevada no ato da compra de um veículo zero quilômetro, e, nessa postagem, tentar-se-á enumerar os principais:

1 - Expectativa da vida útil do veículo
     
        Do momento em que um veículo sai da linha de produção, seu tempo de vida começa a ser contabilizado e todos sabemos que um veículo, com os costumes de preservação dos brasileiros, possui um tempo limitado. Logo, assim que o veículo é entregue ao seu proprietário, ele passa a sofrer a utilização do modo que o mesmo foi ensinado (ou não) a fazê-la. Daí, cria-se uma desconfiança mesmo que inconsciente de um suposto próximo proprietário desse veículo de como o primeiro dono cuidou do mesmo e em quanto essa utilização afetou sua vida útil.

2 - Garantia do fabricante:

        O tempo de garantia que um fabricante dá para um veículo varia de marca pra marca e até mesmo de carro pra carro, mesmo que sejam da mesma fabricante. O tempo varia em média de 2 a 5 anos de garantia, tempo relativamente baixo perto do tempo de vida útil que um veículo costuma ter. Porém, após esse período, verifica-se também uma elevada desvalorização no preço do veículo, em taxa bem maior do que de carros seminovos que já passaram do tempo de garantia.

3 - Cor e acessórios:

        Gosto cada um tem um, e, caso determinada pessoa tenha preferência pela cor verde ao comprar um carro zero, ela com certeza terá mais dificuldade em vender esse carro pelo 'preço de tabela' após a compra do mesmo, mesmo ele tendo custado o mesmo preço (ou até mais em caso de pinturas metálicas, perolizadas, etc.) de outros carros de mesmo modelo porém de cores mais comuns (preto, prata e branco). Além disso, veículos com acessórios diferenciados (teto solar, bancos de couro, etc) tendem a ter uma taxa de perda de valor ainda maior, já que o comprador de carros seminovos tendem a pagar 'tabela' no carro, independente desse ter ou não opcionais.

        Para ler mais sobre o assunto, acesse Desvalorização do carro zero: o que acontece ao sair da concessionária?


terça-feira, 26 de março de 2019

Melancia: um ótimo exemplo dos efeitos da Oferta e da Demanda

        Assim como será aprofundado na disciplina Economia (ECO034) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) nas próximas aulas, variações na oferta e na demanda de determinado produto ou serviço têm efeito direto sobre o preço desse produto ou serviço. Um ótimo exemplo desse efeito pode ser percebido no mercado de melancias na última semana. Com boa oferta e demanda enfraquecida, as cotações de melancia recuaram na semana passada em todo o país. É o que diz uma matéria do site Notícias Agrícolas publicada no último dia 21.
        Impulsionada por uma colheita volumosa em várias partes do país, a oferta de melancia se elevou consideravelmente. Aliada a isso, a demanda por essa fruta rasteira em um dos maiores pólos consumidores do país, São Paulo, apresentou queda nesse período. O resultado não poderia ser outro: o preço do fruto despencou, já que a variação do preço e da demanda são proporcionais e a variação da oferta e do preço são inversamente proporcionais (vide gráfico de preço x quantidade para diferentes situações de oferta e de demanda!).
        A notícia na íntegra pode ser acessada através do link Melancia: Com boa oferta e demanda enfraquecida, preços caem.