A deflação é a diminuição persistente e prolongada do Índice de Preços do Consumidor, o qual mede a variação de preços de um conjunto fixo de bens e serviços componentes de despesas habituais de famílias em geral.
Apesar de em uma leitura mais breve ser notório o benefício imediato e principal no poder de compra das pessoas, em um prazo um pouco maior os malefícios causados pela deflação aparecem: estagnação econômica, queda grotesca do número de empregados e aumento relativo do valor das dívidas, o que promove um ciclo vicioso de inadimplentes, desempregos, fechamento de empresas, etc.
Esse instituto, por ser pouco visto na prática, acaba sendo tratado pelos economistas como um conceito meramente teórico, sendo considerado o oposto da corriqueira e temida "inflação". Desse modo, como forma de tornar mais evidente esse processo e como seus efeitos atingem à população de um modo geral, hoje o blog traz um notícia (que não é recente, porém ilustrativa) da primeira deflação constatada no Estado-membro de São Paulo. Acompanhem:
Espaço para interação e discussão com os alunos da disciplina de economia introdutória (ECO034) oferecida pela Faculdade de Economia da Universidade Federal de Juiz de Fora, sob orientação do Prof. Ângelo Cardoso Pereira.
sexta-feira, 26 de maio de 2017
sexta-feira, 19 de maio de 2017
Adeus, planos econômicos...
"(...) Os indicadores de queda de inflação, os números de retorno de
crescimento da economia e os dados de geração de emprego criaram
esperança de dias melhores. O otimismo retornava e as reformas caminhavam no Congresso Nacional.". É presidente...diante da sensibilidade dos planos de recuperação econômica que estavam em andamento, na tentativa de reconquistar a confiança de investidores brasileiros e estrangeiros, um encontro noturno com o dono de uma empresa envolvida em casos de corrupção e adulteração de alimentos não ajuda em nada. O vazamento do áudio desse encontro, mesmo que com falas não muito comprometedoras, foi o suficiente para causar um colapso da bolsa de valores desde ontem de manhã (hoje, somente 20 minutos após a abertura da Bolsa de Valores de São Paulo, os papéis caíram 10,47%, o que paralisou o pregão). O que os investidores menos gostariam de ver nesse momento era um possível princípio, por menor que fosse, de organização criminosa entre o Governo Federal e uma empresa de enorme influência no mercado financeiro brasileiro, visto que a ferida das relações PT/Petrobrás/Oderbrecht e mais tantas outras que foram se aliando ao esquema, ainda está muito aberta, ainda demandará muito esforço (traduzindo, trabalho) de todos os brasileiros para ser cicatrizada (esquecida, jamais). Faltou seriedade, sr Presidente...
Enfim, focando na economia, a criação de quase 60.000 postos de trabalho em abril, primeiro resultado positivo para esse mês desde 2014; a constante queda da taxa de juros (SELIC) desde outubro do ano passado ocasionada pela inflação sob controle, queda essa sempre lembrada aqui no Blog; o resultado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central, que indicou nesta segunda que a economia brasileira voltou a crescer nos três primeiros meses do ano com alta de 0,29% em comparação ao primeiro trimestre do ano passado; tudo isso e mais tantas outras metas que o Governo gostaria de atingir, podem praticamente serem esquecidos diante desse quadro que gera alta volatilidade no mercado, e deixa investidores no escuro. Tudo que agentes financeiros mais temem.
Tem também o caso das reformas, que, caso fossem realizadas com responsabilidade, aumentariam o capital do Governo a longo prazo, e, se esse capital fosse aplicado de maneira responsável e respeitosa, garantiria à todos os brasileiros uma aposentadoria digna, bem como investimentos nos mais diversos setores (infra estrutura, saúde, educação, segurança, etc), o que proporcionaria a milhões uma melhor qualidade de vida. Porém, a revelação da semana embaralhou todas as previsões dos bancos e consultorias e abalou o otimismo com a aprovação das reformas trabalhista (no Senado) e da Previdência. O mercado financeiro já tinha ‘precificado’ essa vitória de Temer, e precisará refazer as contas para avaliar as chances de que essas mudanças avancem no Congresso diante de um quadro tão complexo como o que se abre diante da possibilidade do presidente não terminar seu mandato.
Mais informações podem ser lidas no link "Mercado dá adeus a reformas no curto prazo e prevê dias difíceis na economia".
Enfim, focando na economia, a criação de quase 60.000 postos de trabalho em abril, primeiro resultado positivo para esse mês desde 2014; a constante queda da taxa de juros (SELIC) desde outubro do ano passado ocasionada pela inflação sob controle, queda essa sempre lembrada aqui no Blog; o resultado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central, que indicou nesta segunda que a economia brasileira voltou a crescer nos três primeiros meses do ano com alta de 0,29% em comparação ao primeiro trimestre do ano passado; tudo isso e mais tantas outras metas que o Governo gostaria de atingir, podem praticamente serem esquecidos diante desse quadro que gera alta volatilidade no mercado, e deixa investidores no escuro. Tudo que agentes financeiros mais temem.
Tem também o caso das reformas, que, caso fossem realizadas com responsabilidade, aumentariam o capital do Governo a longo prazo, e, se esse capital fosse aplicado de maneira responsável e respeitosa, garantiria à todos os brasileiros uma aposentadoria digna, bem como investimentos nos mais diversos setores (infra estrutura, saúde, educação, segurança, etc), o que proporcionaria a milhões uma melhor qualidade de vida. Porém, a revelação da semana embaralhou todas as previsões dos bancos e consultorias e abalou o otimismo com a aprovação das reformas trabalhista (no Senado) e da Previdência. O mercado financeiro já tinha ‘precificado’ essa vitória de Temer, e precisará refazer as contas para avaliar as chances de que essas mudanças avancem no Congresso diante de um quadro tão complexo como o que se abre diante da possibilidade do presidente não terminar seu mandato.
Mais informações podem ser lidas no link "Mercado dá adeus a reformas no curto prazo e prevê dias difíceis na economia".
quinta-feira, 18 de maio de 2017
O STF e o ensino superior gratuito
O Supremo Tribunal Federal decidiu, no final deste
último mês de abril, pela possibilidade das instituições de ensino superior
públicas cobrarem taxas e mensalidades nos cursos de pós-graduação lato sensu,
os quais oferecem apenas certificado e possuem caráter de especialização.
A Corte se posicionou dessa maneira quase que em
sua totalidade (9x1) e a decisão possui repercussão geral, o que significa que
o julgamento abrange todo o sistema público de ensino superior. Os argumentos
para essa sustentação, em suma, são que tais cursos, por serem de extensão, não
estão ligados às atividades principais de ensino acadêmicas e a situação
precária das universidades públicas em custear tão somente a graduação, não
permite um alargamento para especializações.
Apesar de ser notório que o Tribunal restringiu
esse julgamento tão somente aos cursos de pós-graduação lato sensu,
questiona-se: é possível a cobrança de mensalidade dos graduandos que possuem
renda familiar alta? Este é outro assunto que vêm causando polêmicas...
Para os que sustentam que sim, justificam pelo fato
de não ser justo aos menos abastados se deslocarem para a faculdade particular
ou, ainda, para o próprio mercado de trabalho, sem especializações, e os que
possuem renda familiar elevada permanecerem no ensino público superior. Aos
contrários a esse entendimento, o posicionamento se circunda ao fato de que, no
Brasil, a educação é tida como um direito fundamental, não podendo colocar os
cidadãos em condições desiguais e restringir o acesso ao ensino público a uma
parcela da sociedade.
Qual a sua opinião?
sábado, 13 de maio de 2017
Você conhece o Airbnb?
Fundado há quase 10 anos, o Airbnb é um mercado comunitário que oferece um novo modelo de hospedagem. Trata-se de uma forma de economia compartilhada, na qual, gerenciada por essa empresa, particulares anunciam quartos, residências e outras acomodações por preços, na grande maioria das vezes, mais baratos do que o mercado padrão.
Ocorre que o setor hoteleiro está preocupado com esse meio alternativo, já que a nova forma de se observar a oferta e a demanda está se alterando consubstancialmente em relação ao modo em que aprendemos na teoria, modificando, ainda, as relações pessoais. É o que aponta o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), arguindo que o aplicativo traz uma forma de concorrência desleal, já que a via alternativa não possui encargos tributários ou trabalhistas e, ainda, não se dedica, exclusivamente, a proporcionar a acomodação de turistas.
Vocês já conheciam esse serviço de atendimento ao consumidor que já está presente no Brasil? Acompanhem o texto do site consumo colaborativo e tentem analisar os impactos positivos e negativos que podem gerar no mercado e uma possível solução.
Ocorre que o setor hoteleiro está preocupado com esse meio alternativo, já que a nova forma de se observar a oferta e a demanda está se alterando consubstancialmente em relação ao modo em que aprendemos na teoria, modificando, ainda, as relações pessoais. É o que aponta o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), arguindo que o aplicativo traz uma forma de concorrência desleal, já que a via alternativa não possui encargos tributários ou trabalhistas e, ainda, não se dedica, exclusivamente, a proporcionar a acomodação de turistas.
Vocês já conheciam esse serviço de atendimento ao consumidor que já está presente no Brasil? Acompanhem o texto do site consumo colaborativo e tentem analisar os impactos positivos e negativos que podem gerar no mercado e uma possível solução.
quinta-feira, 11 de maio de 2017
Saiu o balanço do primeiro ano de Temer
Após o impeachment de Dilma Roussef ocasionado por comprovações de desrespeito à lei orçamentária e à lei de improbidade administrativa, o vice-presidente Michel Temer assumiu o posto de Presidente da República adotando um discurso que expressava uma vontade clara de recuperar a economia a partir de reformas nesse setor. Não demorou muito, uma emenda constitucional que limitava os gastos públicos por 20 anos estava sendo votada (e aprovada) no Congresso e, posteriormente, no Senado. Uma formação média mais voltada para a atuação profissional, algum tempo depois, foi proposta, objetivando proporcionar a alunos do Ensino Médio a possibilidade de já concluírem o mesmo com uma formação técnica (voltada para empresas e indústrias). De um tempo para cá, observa-se uma sequente queda na taxa de juros (SELIC) divulgada pelo BC e, agora, vê-se o andamento da Reforma da Previdência Social. Porém, será que estas e outras providências tomadas pelo novo Governo surtiram os efeitos desejados nos vários índices econômicos? É o que a matéria da BBC Brasil responde.
Nessa matéria, foram abordados 8 pontos: emprego; inflação; taxa de juros; consumo; produção industrial; agricultura e balança comercial; investimento, PIB e expectativas; e gastos públicos e perspectivas. Nela, pode-se observar se os instrumentos utilizados pela política monetária e fiscal (teoria macroeconômica) do Governo obtiveram os resultados desejados no que tange ao consumo e ao investimento. Confira: O que a economia diz sobre o primeiro ano de governo Temer
Nessa matéria, foram abordados 8 pontos: emprego; inflação; taxa de juros; consumo; produção industrial; agricultura e balança comercial; investimento, PIB e expectativas; e gastos públicos e perspectivas. Nela, pode-se observar se os instrumentos utilizados pela política monetária e fiscal (teoria macroeconômica) do Governo obtiveram os resultados desejados no que tange ao consumo e ao investimento. Confira: O que a economia diz sobre o primeiro ano de governo Temer
sexta-feira, 5 de maio de 2017
Deflação: a causa da quebra da Bolsa de NY de 1929
Muito temida por todos, a inflação é tema constante de debate quando o assunto é economia, sendo várias das manobras da política monetária de determinado país feitas para se tentar 'acalmar o dragão', tais como o aumento da taxa de juros (no Brasil, taxa SELIC), aumento da poupança interna, dentre outros. Mas será que, se inflação é ruim, um longo período de queda de preços seria a situação perfeita? A resposta é NÃO! Para se ter uma ideia, foi exatamente um longo período de deflação, com queda nos preços dos produtos
agrícolas, que provocou a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, e a
consequente crise econômica que atingiu todo o mundo.
A deflação, segundo o professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) “(...) é um fenômeno indesejado, principalmente quando a deflação é provocada pelo excesso de capacidade produtiva”. Isso significa que a capacidade produtiva de determinado país estaria 'afogando' o mercado do mesmo, ofertando uma quantidade de produtos maior do que a quantidade que os consumidores gostariam de comprar. Com isso, há uma sobra de mercadorias que, para ser vendida, deve ter seu preço muito diminuído, impossibilitando as empresas fabricantes e/ou os revendedoras de obterem lucros. Isso causa um ciclo vicioso: como as empresas não conseguem vender como antes, mesmo a preços menores, para não ficar no prejuízo, elas são obrigadas a diminuir o ritmo da produção e a demitir funcionários. Com o desemprego alto, ninguém costuma gastar além da conta. Consequência: a oferta de serviços e os estoques crescem.
Além do desemprego e da impossibilidade de obtenção de lucro pelas empresas, segundo o economista Juarez Rizzieri, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da USP, “(...) A deflação cria um efeito muito perverso para a sociedade (...). Existem também fatores psicológicos, como o medo de uma crise. As pessoas adiam as compras e, esperando sempre por preços menores, deixam de gastar”.
A matéria na íntegra pode ser acessada pelo link a seguir
Se inflação é ruim, deflação é melhor?
A deflação, segundo o professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) “(...) é um fenômeno indesejado, principalmente quando a deflação é provocada pelo excesso de capacidade produtiva”. Isso significa que a capacidade produtiva de determinado país estaria 'afogando' o mercado do mesmo, ofertando uma quantidade de produtos maior do que a quantidade que os consumidores gostariam de comprar. Com isso, há uma sobra de mercadorias que, para ser vendida, deve ter seu preço muito diminuído, impossibilitando as empresas fabricantes e/ou os revendedoras de obterem lucros. Isso causa um ciclo vicioso: como as empresas não conseguem vender como antes, mesmo a preços menores, para não ficar no prejuízo, elas são obrigadas a diminuir o ritmo da produção e a demitir funcionários. Com o desemprego alto, ninguém costuma gastar além da conta. Consequência: a oferta de serviços e os estoques crescem.
Além do desemprego e da impossibilidade de obtenção de lucro pelas empresas, segundo o economista Juarez Rizzieri, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da USP, “(...) A deflação cria um efeito muito perverso para a sociedade (...). Existem também fatores psicológicos, como o medo de uma crise. As pessoas adiam as compras e, esperando sempre por preços menores, deixam de gastar”.
A matéria na íntegra pode ser acessada pelo link a seguir
Se inflação é ruim, deflação é melhor?
terça-feira, 2 de maio de 2017
Felicidade Interna Bruta, você já ouviu falar?
Expressão criada na década de 70 por um rei asiático, o termo felicidade interna bruta (FIP) é abordado, as vezes, quando se faz uma leitura do produto interno bruto (PIB) de uma nação.
O PIB é o produto interno bruto produzido por um determinado território em um período de tempo (normalmente trimestral ou anual) no qual se mede, através da soma em valores monetários, os bens e serviços finais gerados por uma determinada Economia. Já a FIP foi criada como uma tentativa que o mencionado rei encontrou de contornar as críticas que sofria quanto ao seu governo, no que tange ao aspecto econômico, com o fulcro de direcionar os holofotes à cultura do país e seus valores espirituais budistas.
Nesse sentido, a FIP, atualmente, é considerada um indicador para valores tais como a educação, a saúde, o lazer, a inclusão social, os valores culturais, meio-ambiente e crescimento sustentável, etc. É acerca desse parâmetro que o blog de hoje traz uma reportagem sobre os EUA, cujo "Welfare state", ao que tudo indica, está em declínio. Acompanhem: "A felicidade nos EUA está em declínio e espera-se que continue em um caminho descendente, com as políticas de Donald Trump"
O PIB é o produto interno bruto produzido por um determinado território em um período de tempo (normalmente trimestral ou anual) no qual se mede, através da soma em valores monetários, os bens e serviços finais gerados por uma determinada Economia. Já a FIP foi criada como uma tentativa que o mencionado rei encontrou de contornar as críticas que sofria quanto ao seu governo, no que tange ao aspecto econômico, com o fulcro de direcionar os holofotes à cultura do país e seus valores espirituais budistas.
Nesse sentido, a FIP, atualmente, é considerada um indicador para valores tais como a educação, a saúde, o lazer, a inclusão social, os valores culturais, meio-ambiente e crescimento sustentável, etc. É acerca desse parâmetro que o blog de hoje traz uma reportagem sobre os EUA, cujo "Welfare state", ao que tudo indica, está em declínio. Acompanhem: "A felicidade nos EUA está em declínio e espera-se que continue em um caminho descendente, com as políticas de Donald Trump"
Disponível em: http://www.felicidadeinternabruta.org.br/
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