sexta-feira, 5 de maio de 2017

Deflação: a causa da quebra da Bolsa de NY de 1929

        Muito temida por todos, a inflação é tema constante de debate quando o assunto é economia, sendo várias das manobras da política monetária de determinado país feitas para se tentar 'acalmar o dragão', tais como o aumento da taxa de juros (no Brasil, taxa SELIC), aumento da poupança interna, dentre outros. Mas será que, se inflação é ruim, um longo período de queda de preços seria a situação perfeita? A resposta é NÃO! Para se ter uma ideia, foi exatamente um longo período de deflação, com queda nos preços dos produtos agrícolas, que provocou a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, e a consequente crise econômica que atingiu todo o mundo.
        A deflação, segundo o professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) “(...) é um fenômeno indesejado, principalmente quando a deflação é provocada pelo excesso de capacidade produtiva”. Isso significa que a capacidade produtiva de determinado país estaria 'afogando' o mercado do mesmo, ofertando uma quantidade de produtos maior do que a quantidade que os consumidores gostariam de comprar. Com isso, há uma sobra de mercadorias que, para ser vendida, deve ter seu preço muito diminuído, impossibilitando as empresas fabricantes e/ou os revendedoras de obterem lucros. Isso causa um ciclo vicioso: como as empresas não conseguem vender como antes, mesmo a preços menores, para não ficar no prejuízo, elas são obrigadas a diminuir o ritmo da produção e a demitir funcionários. Com o desemprego alto, ninguém costuma gastar além da conta. Consequência: a oferta de serviços e os estoques crescem.
        Além do desemprego e da impossibilidade de obtenção de lucro pelas empresas, segundo o economista Juarez Rizzieri, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da USP, “(...) A deflação cria um efeito muito perverso para a sociedade (...). Existem também fatores psicológicos, como o medo de uma crise. As pessoas adiam as compras e, esperando sempre por preços menores, deixam de gastar”.
        A matéria na íntegra pode ser acessada pelo link a seguir

Se inflação é ruim, deflação é melhor?


        
        

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